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FMI sugere que as CBDCs tenham compliance e pagamento fáceis de usar

2 mins
Atualizado por Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Estudo da entidade reconhece a importância das moedas digitais.
  • Questões ambientais foram enfatizadas.
  • Foco deve ser a eficiência e a simplicidade.
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O FMI publicou um amplo artigo sobre o consumo de energia das moedas digitais com o objetivo de auxiliar o desenvolvimento de CBDCs com maior eficiência energética.

A instituição reconhece o inevitável avanço do sistema de pagamento e que as moedas digitais estão desempenhando um papel fundamental nesse desenvolvimento. Porém ressalta que a complexidade dos sistemas de pagamento exige soluções eficientes e que auxiliem na redução dos impactos ambientais.

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O estudo analisou o mecanismo de consenso de diferentes criptomoedas e comparou sua eficiência com as formas tradicionais de pagamentos e reconheceu que os sistemas distributivos (DLT) são mais eficientes, pois não exigem emissão de cartões nem terminais físicos de cobrança.

Gráfico comparativo com o consumo de energia das moedas digitais e dos sistemas tradicionais.
Fonte: FMI

Designs de consenso

Foi definido que o design de cada moeda digital é o que influencia se a forma de consumo será mais ou menos eficiente, e concluiu que o sistema de consenso baseado na prova de trabalho (PoW) não é o mais adequado a ser utilizado nas futuras moedas digitais do banco central (CBDCs).

A organização apontou que o Bitcoin (BTC) é o protocolo mais popular utilizando o mecanismo PoW. No entanto, o Bitcoin tem um consumo anual de energia estimado em cerca de 144 terawatts-hora (TWh). O protocolo pode reduzir seu consumo de energia para cada transação por meio de sua solução de escalabilidade, mesmo assim não resultaria em um impacto relevante.

A estimativa do estudo do FMI é que o custo anual de energia do sistema mundial de pagamentos fique em torno de 47,3 TWh o equivalente ao consumo anual de regiões como Bangladesh e Portugal. A organização enfatizou que os formuladores de políticas que estão de olho na integração de criptomoedas devem levar em conta e se basear no impacto ambiental de seus mecanismos.

O artigo destaca que seria necessário um estudo mais aprofundado para estimar com precisão o custo energético de cada projeto, pois é necessário analisar o consumo ao longo de toda a cadeia

FMI quer foco no consumo sustentável

O FMI sugeriu que os bancos centrais se concentrem no desenvolvimento de CBDCs ecologicamente corretos. Levando em conta as várias fases e etapas do processo, devendo escolher plataformas e hardware adequados.

Além disso, suas opções de design devem manter uma pegada de carbono menor do que os sistemas atuais disponíveis pelos bancos centrais.

Também foi recomendado que as CBDCs apresentem algumas características marcantes como recursos de maior resiliência, capacidades offline e compliance.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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