A agência de classificação de riscos Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB. Isso significa que o país melhorou o desempenho financeiro mitigando riscos, mas ainda precisa enfrentar desafios econômicos.
Conforme o comunicado da Fitch ‘a atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais’.
Regra fiscais e autonomia do BC motivaram reclassificação
A posição fiscal está se deteriorando em 2023 após uma melhora anterior, mas a Fitch espera que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual.
“A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em um ritmo mais lento e a partir de um ponto de partida muito melhor do que o previsto anteriormente”, diz a agência.
A agência projetou crescimento do PIB real em 2,3% em 2023 (antes o esperado era 0,7%). O Brasil recebeu – pela primeira vez uma nota positiva – de uma agência de classificação de risco em 2008 e perdeu em 2015, recuperando agora em 2023.
Com a nota de crédito em BB, o Brasil está a duas notas de alcançar o grau de investimento, que serve como um selo de bom pagador. A classificação de grau de investimento eleva a credibilidade para o mercado externo investirem com mais segurança no país.
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Ministro da Fazenda comemora
Fernando Haddad disse que a harmonia entre os poderes é a saída para isso e disse que não faz sentido o país não ter esse selo.
“Eu sempre disse, e continuo acreditando, que a harmonia entre os poderes é a saída para que nós voltemos a obter grau de investimento. Um país do tamanho do Brasil não tem sentido não ter grau de investimento. Nós temos um potencial de recursos naturais, de recursos humanos, reservas cambiais, tecnologias, parque industrial. Não tem cabimento esse país viver o que viveu nos últimos dez anos”, declarou Haddad à imprensa.
“Temos tudo para vencer esse jogo, mas tem muito trabalho pela frente”, finalizou o Ministro.
Em nota, o Ministério da Fazenda afirmou que reitera seu compromisso com a agenda de reformas em curso, que contribuirá não apenas para o melhor balanço fiscal do governo, mas também levará à redução das taxas de juros e à melhoria das condições de crédito, ao mesmo tempo, em que assegurará a estabilidade dos preços. Desta forma, serão criadas as condições para a ampliação dos investimentos públicos e privados e a geração de empregos, aumento da renda e maior eficiência econômica, elementos essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país.”
Apesar de Haddad ter comemorado a nota, ele foi um dos envolvidos no embróglio político com o BC para retirar a autonomia da instituição.
Federal Reserve eleva juros nos EUA
As preocupações do FMI esta semana sobre aumento de taxa de juros em economias como a americana, se confirmaram nesta quarta-feira. O Federal Reserve, BC americano, elevou a taxa de juros em 0,25%.
O aumento – o 11º do Fed das últimas 12 reuniões, reflete as preocupações da autoridade monetária com a recuperação da maior economia do mundo.
Conforme a ata do comitê de política monetária americano (FOMC), indicadores recentes sugerem que a atividade econômica vem crescendo em ritmo moderado. Os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação segue elevada.
Todos os membros votaram a favor da elevação da taxa de juros do país, que foi para faixa de 5,25% a 5,50%. A maior em mais de duas décadas no país.
O Comitê ressaltou que a meta de inflação de 2% é para longo prazo e não descartou um novo aumento na próxima reunião. Assunto inclusive conhecido do mercado.
“O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente. Condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devem pesar na atividade econômica, nas contratações e na inflação. A extensão desses efeitos permanece incerta. O Comitê permanece altamente atento aos riscos de inflação”, diz a ata do FED.
Preço de criptomoedas permanecem estáveis
Em geral, a elevação da taxa de juros nos EUA, foi incapaz de alterar o movimento de preços de criptomoedas como Bitcoin, como já aconteceu outras vezes.
Bitcoin segue negociado no patamar entre US$ 29 e US$ 30 mil.
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