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Federal Reserve adia corte de taxas: Bitcoin ainda protege contra a inflação?

4 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O Federal Reserve sinaliza cortes mais lentos nas taxas para priorizar o controle rigoroso da inflação.
  • A decisão reacende as dúvidas sobre a eficácia do Bitcoin como proteção contra a inflação.
  • Os especialistas oferecem perspectivas diversas sobre a proposta de valor e a perspectiva futura do Bitcoin.
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O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou que os cortes nas taxas de juros podem estar mais distantes do que o previsto. Especialistas discutem o papel do Bitcoin na constante luta contra a inflação.

A decisão sinaliza uma possível mudança na abordagem do Fed. Ela também poderá reabrir o debate sobre a eficácia do Bitcoin como proteção contra a inflação.

O Bitcoin ainda é uma proteção contra a inflação?

Powell reconheceu que, apesar do progresso inicial, as taxas de inflação ainda não mostraram uma melhora sustentada em direção à meta de 2% do Fed.

“Os dados recentes claramente não nos deram mais confiança… Dada a força do mercado de trabalho e o progresso da inflação até agora, é apropriado dar mais tempo para a política restritiva funcionar e deixar que os dados e as perspectivas em evolução nos guiem”, disse ele.

Se a inflação persistir, Powell indicou que o Fed manterá as taxas estáveis “pelo tempo que for necessário”. Essa declaração, feita ao lado do governador do Banco do Canadá, Tiff Macklem, mostra que o Fed não tem pressa em reduzir as taxas, desviando das expectativas anteriores e indicando que os cortes podem ser adiados para mais tarde em 2024.

Leia mais: Como não perder dinheiro durante períodos de alta inflação

Investidores e economistas estão revisando suas expectativas após o Fed sinalizar até três cortes nas taxas de juros, embora as projeções de mercado prevejam apenas um ou dois cortes este ano. A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto, entre 30 de abril e 1º de maio de 2024, trará mais detalhes.

A manutenção de taxas de juros altas preocupa em relação ao crescimento econômico e influencia a valorização de ativos como o Bitcoin.

O Bitcoin, muitas vezes apresentado como uma proteção contra a inflação, enfrentou um exame cuidadoso renovado à luz dos comentários do Fed. Sua recente volatilidade e sensibilidade a fatores globais complicam sua posição como uma proteção confiável contra a inflação.

O fundador da Skybridge, Anthony Scaramucci, abordou a questão. Ele argumenta que a atual volatilidade do Bitcoin é esperada para um ativo com adoção global relativamente baixa.

“Ele será tanto [uma proteção contra a inflação quanto uma reserva de valor] à medida que se expandir… ele é, no entanto, volátil”, afirmou Scaramucci.

Ele destacou que o desempenho do Bitcoin deve ser avaliado em sua trajetória de crescimento, e não apenas em suas flutuações atuais.

Em contrapartida, Yat Siu, fundador da Animoca Brands, acrescenta uma nova perspectiva. Ele prevê a proposta de valor futuro do Bitcoin. Ela depende de sua função como símbolo de status dentro da economia digital, em vez de simplesmente uma reserva de valor.

“O Bitcoin pode chegar a mais de um milhão de dólares em algum momento… não porque seja uma reserva de valor, mas porque se tornará um dos mais importantes símbolos de status da economia digital no futuro”, comentou Siu durante um painel no WebSummit Rio.

O interesse institucional cresce, mas os ETFs de Hong Kong impulsionarão o preço?

O crescente interesse institucional no Bitcoin se torna claro, especialmente após a aprovação nos EUA de ETFs à vista que recentemente elevaram seus preços. A recente introdução de ETFs de Bitcoin e Ethereum em Hong Kong também provocou debates sobre o impacto deles no mercado.

No entanto, as opiniões sobre o impacto imediato desses ETFs em Hong Kong estão divididas.

Eric Balchunas, analista sênior de ETFs da Bloomberg Intelligence, apresenta expectativas moderadas para os ETFs de Hong Kong. Ele aponta o pequeno tamanho do mercado de Hong Kong, a ausência de participação da China continental e uma infraestrutura de negociação menos eficiente como possíveis limitações.

“O ecossistema subjacente lá é menos líquido e eficiente, o que poderia afetar o desempenho desses ETFs”, disse ele.

No entanto, Balchunas reconheceu que “o fato de outros países acrescentarem ETFs de BTC é, sem dúvida, um acréscimo” para o Bitcoin no longo prazo.

Markus Thielen, fundador da 10X Research, acrescenta que as preferências culturais por investimentos diretos na região poderiam limitar o impacto dos ETFs de Hong Kong em comparação com os dos EUA.

“Os ETFs geralmente têm sucesso limitado na Ásia, onde os investidores preferem apostas diretas e concentradas. Entretanto, como esses ETFs representam um único ativo, sua aceitação poderia ser potencialmente mais favorável”, explicou.

Leia mais: ETF de Bitcoin: vantagens e desvantagens de se investir em ETFs

Apesar da perspectiva mista em relação aos ETFs de Bitcoin de Hong Kong, muitos analistas consideram a aprovação como um desenvolvimento positivo. Anthony Pompliano essa medida regulatória como um sinal potencial de que a China poderia suavizar sua posição em relação ao Bitcoin, abrindo caminhos para a adoção entre sua vasta população.

No momento em que este artigo foi escrito, o Bitcoin era negociado a US$ 64.000, mantendo-se estável após se recuperar de uma queda recente causada por tensões geopolíticas entre Israel e o Irã.

A mudança de política do Fed e o debate em andamento sobre os recursos de proteção contra a inflação do Bitcoin continuarão sendo fatores-chave que influenciarão o mercado de criptomoedas nos próximos meses.

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Bruna Brambatti
Entusiasta no mundo das criptomoedas e blockchain desde 2017, Bruna envolve-se ativamente em projetos Web3, incluindo DeFi como o projeto Metapoly org, NFTs e cybersegurança. Formada pela UFSM, possui uma genuína paixão pela complexidade e pelo impacto das tecnologias Web3, ela busca continuamente formas de integrar esses avanços inovadores à vida prática.
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