Uma das trilhas da Febraban Tech 2025 destacará os desafios e metas da COP 30, com foco na transição para finanças sustentáveis.
O evento de 10 a 12 de junho no Transamerica Expo Center em São Paulo, reunirá líderes da indústria financeira. CEOs, executivos e nomes relevantes irão discutir o papel dos bancos na promoção de práticas verdes e responsáveis. A temática, aliás, é uma das principais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025. A COP 30 vai acontecer no final do ano em Belém, Pará.
Bancos na liderança da transição para finanças verdes e sustentáveis
Com a COP30 em novembro, os painéis na Febraban Tech abordarão questões como investimentos em fundos verdes, iniciativas ESG e financiamento de energias renováveis. Agricultura sustentável e neutralidade de carbono também estão na agenda. Os debates explorarão como o crédito pode incentivar empresas alinhadas com práticas ambientais.
Dentre os painéis programados, destaque para “A jornada para a COP 30 no Brasil”, que discutirá como a bioeconomia e a biodiversidade podem impulsionar a economia e investimentos. Em seguida, um debate sobre os mercados de carbono e a implementação do marco legal para o mercado regulado de créditos de carbono no Brasil.
Estudos preliminares mostram que a regulação deve impactar entre 4 mil e 5 mil empresas no país, o que representaria 15% das nossas emissões de gases de efeito estufa. Estarão na pauta questionamentos como quais as implicações dessa regulamentação para o setor financeiro e bancário? Como as instituições podem participar ativamente dos mercados regulados e voluntários de carbono? Quais as oportunidades de investimento?, explica a Febraban Tech.
Além disso, o painel sobre a Taxonomia Verde, também no dia 11, abordará os avanços do Brasil em sua classificação de atividades econômicas sustentáveis. Na Arena Fintech discussões sobre o futuro do mercado financeiro verde e digital. Destaque para conversas sobre visão global sobre finanças sustentáveis e o papel do Brasil no desenvolvimento desses padrões.
Resolução 193 da CVM adota padrão global de sustentabilidade
Dayana Uhdre, Doutora em Direito pela Universidade Católica de Lisboa e Membro Associado da BABEL – Blockchains and Artificial Intelligence for Business, Economics and Law ressalta que a partir de 2026, companhias abertas no Brasil serão obrigadas a divulgar suas emissões de carbono.
É a Resolução 193 da CVM, que adota o ISSB, um padrão global de sustentabilidade. Isso significa que relatórios de sustentabilidade deixam de ser “boa prática” e passam a ser obrigatórios. Quem não medir emissões, agora, vai enfrentar riscos jurídicos, financeiros e reputacionais. Se sua empresa é de grande porte, essa mudança impacta você.
Udhre também é fundadora da Allia e ajuda empresas a se preparem para a nova resolução.
Febraban quer superar recorde de público
A edição de 2025 do evento promete superar o sucesso do ano anterior, que atraiu 55 mil visitantes, com um foco ainda maior no conteúdo. Com 10 auditórios e mais de 120 painéis, o congresso reunirá cerca de 500 especialistas para discutir o impacto da IA na indústria financeira, transformações sociais e profissionais.
O novo formato, com um palco central giratório para os principais keynote speakers, além de um Auditório Febraban expandido, promete acomodar mais participantes. Além dos auditórios tradicionais, como “Cases”, “Inovação & Novos Negócios”, “Imersão” e “Arena Fintech”, o congresso contará com workshops e 12 trilhas temáticas, todas voltadas para o avanço tecnológico no setor financeiro.
Nobel da economia, IA e trilhas temáticas
Edição de 2025 do Febraban Tech contará com a participação de Paul Romer, economista vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2018. Ex-representante do Banco Mundial, Romer é conhecido por teorias sobre a “economia das ideias”, que enfoca a importância do conhecimento e da inovação para o crescimento sustentável.
Outro destaque internacional será Elizabeth Bramson-Boudreau, CEO da MIT Technology Review. Ela discutirá as principais tendências tecnológicas, incluindo inteligência artificial (IA), IoT e blockchain, e o impacto global. Com uma visão aguçada sobre o futuro, Bramson-Boudreau promete abordar temas como inclusão digital e acessibilidade nos mercados globais.
As trilhas temáticas do evento vão explorar as transformações socioeconômicas impulsionadas pela IA, os avanços no universo dos ativos digitais e as inovações emergentes que estão remodelando o setor financeiro.
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