Na abertura da segunda edição do Cripto.Connect, realizado nesta sexta-feira (14) em Salvador, o Metaverso e as NFTS foram o destaque.
O impacto da Web3 nas gerações futuras e a criação de experiências imersivas em metaverso, foram dos temas abordados nos painéis iniciais da segunda edição do Cripto.Connect.
A regulamentação do mercado cripto no Brasil e a inclusão financeira através de blockchain também foram destaque na abertura do maior evento de Web3 do Nordeste.
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Web3 imersiva e interativa
O professor, autor do livro Metaverso e Web 3.0 e consultor de Negócios Digitais, Fernando Souza, falou sobre o impacto da Web3 nas gerações futuras. Ele comparou as diferenças entre Web2 e Web3 e destacou a importância da auto custódia:
“Na Web3 a vantagem é que cada um terá a custódia de seu perfil e dados na rede. Hoje nossos dados ficam armazenados em plataformas centralizadas. No caso das redes sociais será possível migrar seu perfil, conteúdo e seguidores. Toda essa liberdade, claro, traz enormes responsabilidades também.”
O professor também abordou a capacidade da Web3 de proporcionar experiências únicas e imersivas. Para ele, a interatividade e integração do mundo real com o mundo virtual é uma característica singular da Web3.
“A capacidade de criar experiências imersivas são incontáveis. Fazer compras utilizando gadgets de VR ou Realidade Aumentada será uma experiência única e disruptiva”, explicou.
Fernando reconhece, porém, a existência de “inúmeros desafios” para “atingir um estágio de adoção em massa”. Entretanto, ele confia que as gerações futuras irão interagir com maior naturalidade na Web3:
“Estamos em um estágio de desenvolvimento embrionário desta tecnologia. Por isso existem diversas oportunidades de negócios inovadores. Acredito que as próximas gerações irão usufruir da infraestrutura que está sendo montada hoje.”
Na sequência, o CEO e Co-founder da metaKosmos, Ian Borges, subiu ao palco e aprofundou os conceitos de interatividade através do metaverso. Borges explica que o metaverso será uma extensão do mundo real. Desta forma a personalização do seu avatar poderá ser materializada no mundo real:
“Em um e-commerce, por exemplo, você poderá experimentar uma camisa. Alterar as cores da camisa, compartilhar com seus amigos e decidir qual a melhor. Ao finalizar a compra você poderá comprar o item para o seu avatar no metaverso, o item físico ou os dois.”
Do virtual para o real
Apresentada a parte virtual e tecnológica da Web3, a tarde as apresentações tangenciaram a materialidade do mundo real. O CEO da Smartpay, Rocelo Lopes, lembrou do poder de rede e descentralização da Web3 e fez um desafio a plateia:
“Apesar de ser a maior criptomoeda o Bitcoin ainda não tem como ser usado como moeda. Para chegar a esse status é preciso que mais pessoas para aumentar a descentralização da rede. Por isso eu desafio vocês a convencerem três amigos por mês a comprarem Bitcoin.”
Já a advogada especialista em direito empresarial, digital e propriedade intelectual, Emília Campos, elogiou a regulamentação brasileira com pequenas ressalvas em relação à segregação de ativos. Entretanto ela lembrou que o que ficou de fora da regulamentação poderá ser corrigido pelo regulador:
“A segregação de ativos é um ponto crucial para que não ocorram casos como o da Atlas e da FTX. Isso deverá ser corrigido pelo regulador que deverá ser o Banco Central. Isso é excelente pois o Banco Central tem experiência e pessoal qualificado para tratar desse tema.”
A geração do amanhã presente na platéia
Ativo desde 2010 o sistema cripto atrai, majoritariamente, os Millennials. Entretanto, na plateia do Cripto.Connect muitos jovens da nova geração marcaram presença.
O estudante de Engenharia da Computação, Esdras Carneiro, tem 17 anos de idade e participa pela primeira vez de um evento sobre Web3 e blockchain. Ele conta que conheceu o universo das criptomoedas em 2020 pesquisando na internet.
Como bom estudante de engenharia ele acredita que “a blockchain é o futuro” pois “é segura e pode ser implementada em tudo”. Sobre o evento ele revela que a palestra sobre regulamentação foi a que mais chamou sua atenção. Segundo ele:
“Quando a gente pensa que existe uma lei protegendo a gente, trás um pouco mais de confiança para poder investir nesse sistema sem pensar que pode ser lesado. Isso facilita até para quem é leigo.”
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