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Executivos cripto culpam falta de regulamentação nos EUA por queda da FTX

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • Elizabeth Warren pediu uma fiscalização mais agressiva.
  • O CEO da Coinbase disse que punir as empresas cripto dos EUA não tem serventia.
  • O incidente deu aos reguladores globais mais munição para reprimir o mundo cripto.
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As consequências da queda da FTX serão de grande alcance à medida que o ano de contágios de criptomoedas continua. Os líderes do setor estão citando a falta de regulamentação nos EUA como a principal razão para o incidente.

Milhões de investidores de criptomoedas do varejo e institucionais perderam dinheiro esta semana. A segunda maior exchange de criptomoedas do mundo, a FTX, entrou em colapso após uma cascata de saques que não puderam ser liquidados.

Nesta quinta-feira (10), a senadora anti-cripto Elizabeth Warren foi ao Twitter com raiva. Ela disse que grande parte da indústria de criptomoedas “parece ser fumaça e espelhos” enquanto pediu por “aplicações mais agressivas”.

Em resposta, o CEO da Coinbase, Brian Armstrong, apontou que a FTX era uma exchange offshore não regulamentada pela SEC. Ele acrescentou que a SEC não conseguiu criar clareza regulatória nos Estados Unidos. Como resultado, muitos investidores americanos e 95% da atividade comercial cripto foram para o exterior.

“Punir as empresas americanas por isso não faz sentido”, acrescentou ele.

Repressão regulatória à caminho

O chefe da exchange Coinbase, Vishal K. Gupta, acrescentou que o mercado de criptomoedas dos EUA representa menos de 5% do volume total dessa indústria. “A falta de regulamentação clara e justa levou o comércio de criptomoedas para o exterior”, observou ele.

O fundador da Compound Finance, Robert Leshner, apontou que o fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, estava defendendo regulamentações mais rígidas sobre as finanças descentralizadas (DeFi).

“SBF passou meses fazendo lobby para matar o DeFi, porque ele sabia que protocolos autônomos transparentes eram uma ameaça para as finanças do tipo “confie em mim, ativos são bons”.

O analista de criptomoedas Zack Voell concordou, apontando a ironia.

“O homem que passou incontáveis horas em DC fazendo lobby por uma regulamentação DeFi mais rígida estava simultaneamente atacando seus clientes com produtos CeFi.”

O CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), afirmou que a queda da FTX “abalou severamente” a confiança na indústria de criptomoedas. Ele acrescentou que isso desencadearia um escrutínio mais rígido por parte dos reguladores.

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Ninguém sai vencendo com a queda da FTX

Todo mundo será um perdedor com a queda da FTX, pois isso deu aos reguladores globais a munição necessária para reprimir a indústria cripto. “Os reguladores examinarão ainda mais as exchanges. Licenças em todo o mundo serão mais difíceis de obter”, disse CZ a seus funcionários.

Na quarta-feira (9), a Binance desistiu do acordo de resgate da FTX, no qual forneceria liquidez para ajudar a exchange. A empresa citou “as últimas notícias sobre fundos de clientes mal administrados e supostas investigações de agências dos EUA” como motivo para se retirar.

Em resposta ao fiasco da FTX, a Binance aumentou seu Secure Asset Fund for Users (SAFU) para US$ 1 bilhão novamente.

Enquanto isso, os mercados de criptomoedas caíram para uma nova mínima do ciclo de baixa. A capitalização de mercado total caiu 10%, já que mais de US$ 100 bilhões foram liberados em menos de 24 horas. Como resultado, o valor atualmente é de cerca de US$ 850 bilhões, uma queda de 72% em relação ao seu pico no ano passado.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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