A busca pelo uso de energias renováveis está ganhando tração no espaço cripto, com duas exchanges anunciando o lançamento de programas ambientais para a redução de sua pegada de carbono.
Uma delas é a Harvest Finance, que declarou, no dia 17 de junho, que havia comprado e queimado 300 tokens $MCO2. Estes criptoativos foram criados pela fintech brasileira Moss, e cada um representa a redução voluntária da emissão de uma tonelada de carbono.
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A Harvest aponta que seu objetivo é reduzir os custos de transação na rede Ethereum ao juntar várias transações de yield farming em um grupo, o que exige menos trabalho de mineradores, reduzindo as emissões. A queima dos $MCO2, segundo a fintech, representa um consumo energético equivalente a 5.000 transações na rede Ethereum.
Gemini
A plataforma Gemini, por sua vez, revelou um plano parecido, mas com uma abordagem diferente. A exchange firmou uma parceria de longo prazo com a ONG Climate Vault, fundada na Universidade de Chicago, para incorporar práticas de consciência ambiental na empresa.
A expectativa é contribuir para a compra de 350.000 metros cúbicos de carbono para compensar o alto uso de energia da rede de bitcoin e ajudar a retirar o carbono da criptomoeda. “Mais especificamente, estes créditos de carbono nos permitem compensar o uso de energias não-renováveis usadas por mineradores para assegurar o bitcoin usado pela Gemini”, diz a exchange.
Segundo o CEO da Gemini, Tyler Winklevoss:
Conforme o bitcoin emerge como uma reserva de valor dominante, é imperativo que nós incorporemos a sustentabilidade para as gerações futuras. Nós estamos orgulhosos de anunciar nossa parceria com o Climate Vault para reduzir nossa exposição à mineração não renoave e contribuir para a descarbonização do bitcoin.”
A Climate Vault opera como uma facilitadora do processo, fazendo contato com mercados de venda de créditos e os removendo de circulação. Isto evita que outras empresas os usem para compensar suas emissões de CO2.
Preocupação ambiental
A preocupação do mundo cripto com a poluição causada pela mineração de criptomoedas explodiu após o anúncio de Elon Musk que sua empresa, a Tesla, não aceitaria mais o bitcoin como forma de pagamento para a compra de seus produtos devido ao seu consumo energético excessivo.
Poucas semanas depois, a China começou a fechar o cerco às minas de criptomoedas que não estavam usando energias renováveis, o que fez com que muitas delas precisassem se adequar ou sair do país.
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