A exchange de criptomoedas FTX US ofereceu US$ 135 milhões para obter os direitos de uso do nome do estádio do Miami Heat, time da Liga Nacional de Basquete dos Estados Unidos (NBA), pelos próximos 19 anos.
Segundo divulgado nesta terça-feira (23) pelo jornal Miami Herald, os comissários do condado Miami-Dade, onde o estádio está instalado, planejam uma reunião especial na próxima sexta-feira (26) para votar o acordo de 19 anos de patrocínio. Caso seja aprovado, o local seria renomeado, após duas décadas, de American Airlines Arena para FTX Arena.
Deduzindo os pagamentos exigidos pelo Miami Heat e demais despesas, o negócio significaria uma receita de US$ 90 milhões até 2040 para o condado, que controla os naming rights da arena de basquete. O dinheiro seria destinado ao combate à violência com armas e à pobreza dos distritos próximos do centro da cidade, que aumentaram significativamente durante a pandemia do Covid-19.
A FTX US é uma exchange de criptomoedas lançada em 2019 ligada à FTX, sediada em Hong Kong e inaugurada um ano antes. Pelo negócio, a empresa pretende obter maior projeção tanto nos EUA quanto no resto do mundo, já que o patrocínio, se aprovado, seria o primeiro da história da NBA envolvendo uma empresa que atua no mercado de criptomoedas.
Autoridades de Miami apoiam as criptomoedas
Através de um memorando destinado aos comissários de Miami-Dade, a prefeita do condado, Levine Cava, afirmou que o possível patrocínio da FTX seria:
“uma oportunidade para concretizar o acordo de naming rights da arena e seria algo economicamente vantajoso se comparado com outros acordos deste âmbito realizados no país”.
A região de Miami parece ser um dos lugares mais favoráveis ao uso das criptomoedas em todo os Estados Unidos. Recentemente, o prefeito da cidade, Francis Suarez, aprovou uma proposta que permite que funcionários públicos municipais recebam parte dos seus salários em bitcoin.
Em entrevista publicada nesta terça-feira (23) pelo New York Times, Suarez afirma o desejo de que Miami se torne um polo nacional do bitcoin e de tecnologias envolvendo a rede blockchain. Um acordo de patrocínio realizado entre a FTX e o Miami Heat, dessa maneira, poderia impulsionar os planos do prefeito.
O nome por trás da FTX
Samuel Bankman-Fried é atualmente CEO de duas exchanges, a FTX e a FTX US, baseadas em Hong Kong e Estados Unidos, respectivamente. Apesar do contrato de patrocínio divulgar a marca FTX, a holding que consta nos documentos é a West Realm, que controla as operações da exchange norte-americana.
Bankman-Fried trabalhou em São Francisco como trader antes de se mudar para Hong Kong. Graduado no MIT, o atual CEO da FTX fez fortuna fazendo operações com bitcoin e demais criptomoedas. Sua companhia de trade, a Alameda Research, chega a movimentar mais de US$ 1 bilhão em criptoativos por dia.
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