Um painel composto de oficiais do governo dos Estados Unidos e especialistas do mercado de criptomoedas deve pedir a adoção de uma regulamentação agressiva de Bitcoin e outros criptoativos devido ao aumento do número de casos de ransomware.
Muitas criptomoedas, apesar de terem ganhado a confiança dos investidores, são um prato cheio para ciberciminosos. Isso inclui golpes que usam ransomware para praticar crimes. É por isso que os membros da força-tarefa acreditam que a regulamentação de criptomoedas é necessária para cortar o problema pela raiz.
Há estimativas de que os danos causados por crimes virtuais, incluindo ransomware, cheguem a US$ 6 trilhões apenas em 2021.
Na última semana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DoJ) criou um grupo dedicado a enfrentar a epidemia de ransomware. Enquanto isso, reguladores bancários e investigadores de crimes financeiros de todo o mundo estão discutindo a regulamentação de criptomoedas. Se isso é necessário, como fazer para regular?
Qual a proposta?
Segundo relatos, o painel propôs um novo conjunto de regras que giram em torno de remover o anonimato de transações em cripto. É este o problema que, segundo a força-tarefa, incentiva as pessoas a usarem criptomoedas, protegendo-as da monitoria do governo em suas atividades financeiras individuais.
A expectativa do painel é que a remoção do anonimato desencoraje as pessoas de usarem criptomoedas para atividades criminosas.
Os passos específicos recomendados foram
- Estender protocolos de identificação do cliente para exchanges;
- Implementar requerimentos mais agressivos para o licenciamento de processadores;
- Implementar regulamentação contra a lavagem de dinheiro em serviços como escritórios de conversão de moedas.
O painel também deve criar uma equipe de experts dentro do DoJ especializado na apreensão de criptomoedas.
Outras ações em transações ilegais de criptomoedas
Os Estados Unidos não são o único país a instigar uma atitude mais dura em relação a transações ilegais de criptomoedas em abril. A Coreia do Sul, por exemplo, anunciou uma nova política de desmantelo, que deve continuar até junho, com o objetivo de eliminar o uso de criptomoedas em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.
As ações da Coreia do Sul envolvem várias agências e reguladores, assim como o trabalho desenvolvido nos EUA. O país asiático também introduziu uma série de regulações para ajudar suas agências a rastrear transações suspeitas. A medida segue outra lei que força empresas do setor a verificarem a identidade de seus clientes – o famoso KYC.
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