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EUA quebraram o anonimato do Bitcoin? WSJ responde

3 mins
Atualizado por Thiago Barboza

EM RESUMO

  • O Wall Street Journal publicou um artigo sugerindo que as autoridades federais dos EUA quebraram o anonimato do Bitcoin.
  • Bitcoin nunca foi anônimo em primeiro lugar e sempre foi pseudônimo, segundo seus entusiastas.
  • Os principais meios de comunicação são frequentemente criticados por não entenderem a tecnologia blockchain.
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O Wall Street Journal publicou recentemente um artigo sobre as autoridades dos EUA terem “quebrado” o anonimato do Bitcoin. No entanto, o Bitcoin é pseudônimo, e não anônimo, de acordo com seus entusiastas.

O WSJ publicou recentemente um artigo afirmando que as autoridades federais dos Estados Unidos quebraram o anonimato da rede Bitcoin. O relatório do canal falava de um esquema de fraude de US$ 3,4 bilhões realizado por James Zhong. No entanto, como é frequentemente mencionado na indústria, o Bitcoin não é anônimo.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

O anonimato do Bitcoin foi quebrado?

O fato de as autoridades federais terem conseguido identificar o esquema de Zhong não necessariamente compromete o anonimato da rede do BTC. De fato, o público em geral acredita falsamente que a rede Bitcoin é anônima.

Talvez isso possa ter sido uma má escolha de palavras pelo meio de comunicação, mas os entusiastas da criptomoeda sabem que a ideia do Bitcoin ser anônimo foi refutada há muito tempo.

Em vez disso, o Bitcoin é pseudônimo e não oferece privacidade total, como a oferecida por moedas de privacidade como a Monero (XMR). O BTC é, de fato, rastreável, embora seja necessário um pouco de esforço para identificar alguém. O crescimento do mercado está facilitando. A chegada de ferramentas e processos mais sofisticados também contribui para essa tendência.

Zhong executou o golpe quando era um estudante de 22 anos, encontrando uma brecha na extinta dark web Silk Road. Ele frequentemente movia os fundos por meio de várias contas ao longo de oito anos para esconder seus rastros, mas acabou sendo descoberto.

A ideia de que existem rastros digitais que podem ser seguidos sempre existiu no mercado. O Bitcoin nunca foi anônimo em primeiro lugar. A única diferença é que agora é mais fácil fazer isso, especialmente com o que empresas como a Chainalysis têm a oferecer.

Bitcoin é pseudônimo, não anônimo

O Bitcoin é pseudônimo, um termo que os proponentes de criptomoedas desejam enfatizar. Endereços de carteira são simplesmente pseudônimos para o titular, e esses endereços podem ser marcados como suspeitos ou qualquer outra coisa. É possível rastrear a identidade de alguém por meio disso.

No entanto, ainda existem maneiras de superar esse pseudônimo, ou seja, usando misturadores de Bitcoin. O governo dos EUA está ciente disso e tem trabalhado para desligar os misturadores de criptomoedas.

Blockchains, de fato, servem como o lugar perfeito para armazenar evidências. As informações armazenadas no livro razão são imutáveis e podem ser rastreadas até sua própria origem.

Outros meios de comunicação também são criticados

O relatório vem não muito depois que o New York Times publicou um artigo sobre o consumo de energia da indústria de mineração de Bitcoin. O relatório estimou as emissões e o uso de energia, mas os especialistas do setor ficaram insatisfeitos com a metodologia utilizada.

Como tal, muitos na comunidade ainda questionam como a mídia convencional estuda e relata sobre a classe de ativos cripto. Esta é uma história que vem acontecendo há anos, e a comunidade deseja que os principais meios de comunicação entendam melhor a tecnologia antes de fazer afirmações.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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