O Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA anunciou que o fundador da exchange russa Bitzlato, Anatoly Legkodymo, foi preso em Miami por executar uma operação ilegal.
O departamento alega que a Bitzlato atendia a atividades cripto criminosas. O procurador dos EUA Breon Peace comentou sobre a captura de Legkodymo. Ele declarou que “as instituições que negociam criptomoedas não estão acima da lei e seus proprietários não estão fora do nosso alcance”.
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Por meio do trabalho de uma equipe de investigação no exterior, juntamente com recursos locais nos Estados Unidos, a operação de lavagem de dinheiro baseada na China, que atendia a uma série de atividades criminosas, não estava fora do alcance do Departamento de Justiça.
O procurador-geral adjunto de Mônaco acrescentou: “As ações de hoje enviam uma mensagem clara: independentemente de você infringir nossas leis na China ou na Europa – ou abusar de nosso sistema financeiro de uma ilha tropical – você pode esperar responder por seus crimes dentro de um tribunal dos Estados Unidos”.
Exchange é peça chave para crimes cripto
Legkodymo supostamente operava a Bitzlato como uma das maiores exchanges de crimes cripto. Ela foi utilizada principalmente para ajudar criminosos a lavar criptomoedas de ataques de ransomware e movimentar fundos do tráfico de drogas.
A exchange, registrada Honk-Kong, exigia identificação mínima dos usuários, sem informações importantes de conhecimento do cliente (KYC) necessárias para negociar.
A falta de KYC permitiu que os criminosos usassem a exchange sem ter que se identificar. Legkodymo também admitiu no serviço de bate-papo que os usuários frequentemente faziam uso de identidades falsas. O fundador também comentou afirmando que a Bitzlato atendia a “bandidos conhecidos”.
Merados clandestinos capitalizavam na Bitzlato
Um dos maiores usuários do Bitzlato foi o mercado darknet Hydra Market. O mercado anônimo oferece aos criminosos a possibilidade de comprar narcóticos. Outros serviços incluíam documentos de identificação falsos e informações financeiras roubadas, bem como assistência em serviços de lavagem de dinheiro.
O DoJ relata que US$ 700 milhões em criptomoedas passaram pela Bitzlato direta ou indiretamente. Um adicional de US$ 15 milhões em receitas de ransomware também passou por ela. O Hydra Market foi fechado pelas autoridades americanas e alemãs em abril de 2022.
A empresa também citou em uma planilha que um de seus pontos positivos era não oferecer KYC, enquanto um dos negativos era dinheiro sujo.
Uma equipe global, incluindo a Europol e vários países, derrubou a infraestrutura da Bitzlato junto com ações adicionais de fiscalização.

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