A líder para a América Latina da Fundação Celo, Camila Rioja, falou sobre a importância de tokenizar o patrimônio da união. O assunto foi tema de um hackaton promovido pelo Ministério da Economia no final de 2022.
O objetivo do hackaton, de acordo com o órgão, era instigar a “educação e construção de soluções em blockchain e web3 para os desafios da Administração Pública na gestão do patrimônio da União”.
O evento também se propôs a “estimular a co-criação de soluções para desafios da Administração Federal nessa área. O tema principal envolve a tokenização de ativos da União em blockchain e casos de uso relacionados às seguintes atribuições legais da SPU: Caracterização e Incorporação, Destinação dos Bens da União e Gestão de Contratos”.
Blockchain pode gerenciar ativos públicos
Rioja palestrou no EthSamba Hack na manhã de sábado (1). Ela lembrou que o conceito de patrimônio público é maior do que o que as pessoas costumam pensar. Ou seja, a lista não contém só ativos financeiros como também terrenos, praias, florestas e ilhas.
“Quem é o maior detentor de ativos públicos? São os governos. Eles têm a obrigação, especialmente no Brasil, de tomar conta dos bens públicos”, afirma.
Riojas acredita que o primeiro passo é construir infraestrutura para esses bens públicos na web3. Para isso, ela sugere usar ativos relacionados ao mundo real e desenvolver soluções “relacionadas ao melhor tratamento, à guarda e à conservação” dos bens.
Para isso, é preciso ver as possibilidades legais. Portanto, isto inclui listar os bens e entender até que ponto eles podem ser tokenizados.
Em segundo lugar, é preciso descobrir se é possível usar esses bens para trazer benefícios sociais. A blockchain, por exemplo, contém diversos recursos que ajudam a fazer isso. Através dela é possível cuidar, gerir, vender e monetizar esse patrimônio.
Riojas explica é existe um tipo de tokenização chamado RWA – Real World Assets. “Há uma corrida muito grande no Brasil para tokenização desses ativos”.
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