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Ethereum não é dinheiro como o Bitcoin, diz CTO do Tether

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • Paulo Ardoino, atual Diretor de Tecnologia da Tether e da Bitfinex, acredita que apenas o Bitcoin possui uma “narrátiva sólida” de uso como moeda.
  • CTO vai na contramão de muitos acreitam que o ETH pode destronar o BTC após a sua fusão.
  • “ETH não pode competir com o Bitcoin na frente do dinheiro porque não há oferta fixa e ainda não é realmente um computador mundial", ressalta Ardoino.
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Paulo Ardoino, atual Diretor de Tecnologia da Tether e da Bitfinex, acredita que apenas o Bitcoin (BTC), e não o Ethereum (ETH), possui uma “narrátiva sólida” de uso como moeda.

Em alta devido ao The Merge, o Ethereum (ETH) tem sido visto cada vez mais visto como uma possível ameaça ao domínio do Bitcoin no mercado cripto. Ao passar a adotar o mecanismo de prova de trabalho (PoS) como método de consenso após a sua fusão, o ETH poderia ultrapassar o BTC não somente em valor de mercado, mas também em adoção como moeda e forma de realizar transações financeiras.

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Essa hipótese tem sido defendida por grandes nomes como Peter Schiff, influente comentarista financeiro e grande crítico do Bitcoin. Em contrapartida, Ardoino possui outra visão. O CTO da empresa por trás da maior stablecoin do mundo segue confiante de que o BTC manterá o seu reinado.

Somente o Bitcoin pode atuar como dinheiro

Em entrevista dada ao Crowfund Insider na terça-feira (13), o diretor da Tether comenta que o Ethereum está “preso entre as alegações de ser uma forma de dinheiro e as alegações de ser uma plataforma”.

Tendo Vitalik Buterin e Charles Hoskinson entre os seus cofundadores, o Ethereum nasceu para atuar como m “protocolo alternativo para construir aplicativos descentralizados” que o Bitcoin não era adequado para suportar”, segundo o seu whitepaper. De fato, sua rede tem sido a mais usada por projetos de diversos segmentos do setor, em especial o de finanças descentralizadas (DeFi), tokens não fungíveis (NFTs) e jogos play-to-earn (P2E).

Além do domínio atual no mercado, a rede se beneficiará pelo fato do seu token adotar um novo mecanismo de queima em transações, tornando-o uma moeda deflacionária. Com isso, alguns afirmam que o ativo pode competir com o Bitcoin, que é visto como muitos como uma reserva de valor devido ao seu fornecimento limitado.

Ardoino parece descrente dessa possibilidade, dizendo que “o ETH não pode competir com o Bitcoin na frente do dinheiro porque não há oferta fixa e ainda não é realmente um computador mundial porque tem um estado global compartilhado e, portanto, muito lento para ser escalável”

Os empecilhos do Ethereum

O CTO ainda ressalta que bem mesmo o The Merge será capaz de reduzir as altas taxas cobradas em sua rede, algo já apontado por outros desenvolvedores anteriormente. Além disso, a fusão tem trazido receios cada vez maiores de uma possível centralização em sua blockchain.

Grandes provedores de staking de ETH, como Lido, Coinbase, Binance e Kraken, controlam juntos mais de 60% de toda a participação de staking da criptomoeda – que será responsável por validar as transações da rede após a fusão. Essa alta porcentagem traz receios de que essas empresas possam censurar o uso do Ethereum em caso de ordens governamentais para isso.

Analisando essas questões, o CTO do Tether é enfático em dizer que “o Bitcoin é o único ativo por aí que tem uma narrativa sólida, que não mudou. O Ethereum ainda não combina com o Bitcoin porque sua narrativa continua mudando”.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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