Os riscos dos ETFs de Bitcoin, segundo Peter Schiff, Arthur Hayes e Raoul Pal

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Por
Traduzido Júlia V. Kurtz

EM RESUMO

  • Os ETFs de Bitcoin representam riscos sem precedentes, atraindo investidores institucionais e potencialmente desestabilizando o mercado cripto.
  • A custódia centralizada e medidas mínimas de segurança podem levar a hacks catastróficos e perdas financeiras significativas.
  • Os investidores de ETF de Bitcoin podem desencadear vendas maciças, aumentando a volatilidade do mercado.
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Conforme os fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin continuam a chamar a atenção, eles também representam riscos sem precedentes para o mercado de criptomoedas.

Estes instrumentos financeiros, concebidos para atrair investidores institucionais, poderiam potencialmente desestabilizar toda a indústria devido a várias vulnerabilidades inerentes.

Os maiores riscos do ciclo atual

O cofundador da BitMEX, Arthur Hayes, enfatizou os perigos associados a entidades centralizadas que gerenciam grandes volumes de criptoativos. Ele ressaltou que o principal risco nos ciclos anteriores decorreu de contrapartes centralizadas enfrentando problemas de crédito.

“Nós amamos a descentralização, mas depois queremos ganhar dinheiro, então vamos fazer coisas centralizadas e licitamos as coisas centralizadas e explodimos totalmente”, observou Hayes.

Leia mais: Como ganhar dinheiro com criptomoedas

Este ciclo pode testemunhar um padrão semelhante, com gestores de fundos ETF e custodiantes acumulando quantidades substanciais de Bitcoin.

Ao consolidar a criptomoeda nas mãos de alguns custodiantes, riscos significativos surgem. Se esses custodiados forem comprometidos, por exemplo, as consequências podem ser catastróficas.

Hayes destacou um cenário preocupante em que os bancos, impulsionados por requisitos regulatórios, depositam enormes quantidades de criptomoedas com medidas mínimas de segurança. Não acostumadas a lidar com ativos digitais, essas instituições podem ignorar práticas críticas de segurança cibernética.

“Se eu vou hackear criptomoedas, vou atrás de um desses guardiões dos EUA cuja segurança na internet é como uma reflexão tardia. Eles não têm ideia do que estão fazendo porque nunca tiveram custódia de um ativo. Se perderem, não conseguem chamar o Tesouro ou o Fed e obter um resgate”, alertou Hayes.

Portanto, o potencial para um hack significativo se aproxima, com a possibilidade de perder bilhões em criptomoedas.

Bitcoin ETFs Historical Holdings
Participações Históricas de ETFs de Bitcoin. Fonte: CryptoQuant

Riscos de concentração

Por outro lado, o economista-chefe global da Euro Pacific, Peter Schiff, ecoou preocupações semelhantes. Ele argumentou que os ETFs de Bitcoin poderiam levar à instabilidade do mercado.

Ao contrário dos compradores à vista que pretendem manter seu Bitcoin a longo prazo, os investidores de ETF podem desencadear vendas maciças, exacerbando a volatilidade do mercado.

“Os fabricantes de Bitcoin estão contando com a compra de ETFs institucionais para impulsionar os preços mais altos. Mas isso torna todo o mercado ainda mais instável, já que todos os compradores de ETFs são futuros vendedores”, observou Schiff.

Enquanto isso, o cofundador da Real Vision, Raoul Pal, apontou para o risco de concentração dentro do mercado de derivativos cripto. Ele observou que uma parcela significativa do mercado é movimentada por uma única entidade, a Deribit.

“90% de todo o mercado de opções é Deribit… Há um risco aí porque a quantidade de pessoas que usam essa contraparte”, explicou Pal.

Leia mais: O que é um ETF de Bitcoin?

A falta de diversificação no mercado de derivativos pode levar a riscos sistêmicos, especialmente se a Deribit enfrentar problemas. Pal também ressaltou a importância de reconhecer esses riscos sem assumir uma falha iminente.

Assim, o advento dos ETFs de Bitcoin introduz novas camadas de risco para o mercado de criptomoedas. A custódia centralizada, as potenciais ameaças à cibersegurança e a concentração de mercado contribuem para uma situação precária. Portanto, esses riscos devem ser cuidadosamente gerenciados para evitar interrupções financeiras significativas.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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