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Estatal Venezuela corta a energia de mineradores de bitcoin

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Atualizado por Caio Nascimento

EM RESUMO

  • Companhia de eletricidade cortou a energia obedecendo a ‘ordens superiores’
  • A interrupção veio sem aviso prévio e pegou mineradores de surpresa
  • Governo de Maduro obriga que todo minerador do país possua autorização
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Mineradores de criptomoedas venezuelanos alegam que a companhia estatal Corpoelec, interrompeu, sem aviso prévio, a distribuição de energia para a mineração.
Os afetados pela medida foram os mineradores de bitcoin do estado de Carabobo, na Venezuela. Eles alegam que desde o final de semana, a companhia Corpoelec desconectou todos os seus equipamentos de mineração. De acordo com um minerador entrevistado pelo portal CriptoNoticias do país, a empresa justificou que estava apenas obedecendo a ‘ordens superiores’. O minerador que prefere não ser identificado, contou que os equipamentos de todas as fazendas de mineração do estado foram desconectados por gerentes da companhia.

“No final de semana recebi a informação de que as mesmas pessoas da Corpoelec estavam fechando e desconectando as minas de Carabobo. Desligaram a mina de Carabobo para todo mundo, não conheço ninguém que esteja usando.”

Conforme ele relata, o governo encontrou formas de detectar as atividades dos mineradores. Para reverter a situação, eles precisam agora se reunir com representantes de companhia e do governo. A reunião com as autoridades está prevista para acontecer na tarde desta quinta-feira (12), em Caracas. A convocação do encontro veio através do Ministério do Poder Popular para Energia Elétrica (MPPEE), e da Vice-Presidência Setorial de Obras e Serviços Públicos (VPSOPS). O encontro é obrigatório para qualquer minerador do estado que queira conseguir novamente a liberdade para minerar criptomoedas. Na ocasião, será discutido o procedimento de conectividade ao Sistema Elétrico Nacional (SEN) e a tarifa a ser paga pelos mineradores.

Mineração de criptomoedasMineradores venezuelanos clamam por direitos

Atualmente, as atividades de mineração de criptomoedas estão legalizadas na Venezuela. Por essa razão, o bloqueio da companhia causou um espanto entre a classe. Eles querem agora se unir para enfrentar o governo de frente e exigir o seus direitos. O minerador que primeiro tornou público o acontecimento, compartilhou a mensagem que recebeu de um colega pedindo a ampla participação na reunião que acontece desta tarde.
“Se não comparecermos em massa, não teremos força suficiente para exigir nossos direitos. Peço, por favor, que todos nos acompanhemos nesta nova caminhada. Só o sindicato vai nos permitir avançar.”
Vale lembrar que as criptomoedas tem um forte apelo no país. A população encontrou nos criptoativos um modo de sobreviver a crise político-econômica que os assola há anos. Além disso, a Venezuela é o país que mais minera bitcoin na América Latina. Em setembro, o governo venezuelano de Maduro criou um Pool Nacional de Mineração. A medida obriga que todos os mineradores do território possuam licença para operar. No entanto, eles precisam também se submeter a fiscalizações constantes e pagar taxas ao governo. Desse modo, todos os mineradores são obrigados a fazer parte do Pool. Caso contrário, estarão sujeitos “às medidas, infrações e sanções conforme estabelecido no documento de decreto.”
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Saori Honorato
Saori Honorato é jornalista e para o BeInCrypto escreve sobre os principais acontecimentos do universo das criptomoedas.
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