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Espiões chineses tentaram subornar funcionário dos EUA com Bitcoin, segundo DoJ

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Dois cidadões chineses são acusados de tentar subornar um agente do FBI para ter acesso a documentos da investigação feita sobre a Huawei.
  • Companhia chinesa é acusada de fornecer informações sobre as bases militares dos EUA para o governo da China.
  • Pagamento pelos documentos foi feito em Bitcoin.
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Espiões ofereceram recompensas em Bitcoin (BTC) para ter acesso as investigações que a Justiça dos Estados Unidos tem feito sobre a Huawei Technologie.

Guochun He e Zheng Wang são acusados pelo Departamento de Justiça dos EUA (DoJ) de tentarem coagir um funcionário do governo norte-americano a entregar documentos relacionados a uma investigação feita sobre uma gigante de tecnologia e telecomunicações chinesa. Mais tarde, o Wall Street Journal confirmou que o caso era referente a Huawei.

Ambos teriam, em 2019, abordado um agente do Federal Bureau of Investigation (FBI), oferecendo uma recompensa de mais de US$ 60 mil pelo documentos solicitados. Para evitar suspeitas, o pagamento seria feito em Bitcoin.

Agora, os espiões chineses terão que enfrentar acusações por tentativa de obstrução de um processo criminal e conspiração para agir como agente ilegal de um país estrangeiro.

Bitcoin usado como recompensa

O DoJ afirma que em setembro deste ano os espiões ofereceram novos pagamentos em BTC pelo envio de informações adicionais sobre o caso. Dados on-chain mostram que os agentes fizeram um pagamento de US$ 20.000 na criptomoeda no mês seguinte.

Uma análise feita pela Elliptic, empresa especializada em blockchain, mostra que os chineses usaram o serviço de mixagem Wasabi Wallet para ocultar as suas movimentações.

O caso pode aumentar ainda mais a repressão do governo norte-americano à estes serviços de mixagem. Em agosto, o departamento do tesouro do país sancionou o Tornado Cash, alegando que a plataforma era usada por diversos grupos criminosos e terroristas para a lavagem de dinheiro e ocultação de rastros no mundo cripto.

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China x Estados Unidos

A recente denúncia contra os espiões chineses pode agravar ainda mais as tensões entre as duas superpotências. Comentando sobre o caso, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, disse que o DoJ “não tolerará tentativas de qualquer potência estrangeira de minar o estado de direito sobre o qual nossa democracia se baseia”.

Já o procurador Breon Peace disse que os oficiais de inteligência do governo chinês desejam obstruir um processo criminal em andamento contra uma das maiores empresas de seu país. A justiça investiga a Huawei por supostamente terem transmitido informações para a China através das torres de celulares instaladas nos EUA. A maior preocupação do governo norte-americano é que a empresa tenha enviado dados confidenciais referente as suas bases militares.

Os dois países têm colecionado atritos e discordâncias em diversos outros aspectos nos últimos anos, sendo um dos mais emblemáticos em torno de Taiwan. Muitos temem que um agravamento dessas questões possa iniciar um conflito mais prejudicial do que a Guerra entre a Rússia e Ucrânia, o que certamente abalaria o mercado de criptomoedas e a economia global como um todo.

Em relação ao caso da Huawei, Guochun He e Wang podem pegar enfrentar penas de 60 anos e 20 anos de prisão, respectivamente.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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