O mercado de empréstimos descentralizados (DeFi) atingiu recordes históricos em junho de 2025. Dados da DefiLlama, o valor total bloqueado (TVL) em plataformas de empréstimo DeFi ultrapassou US$ 55 bilhões, o maior patamar já registrado no setor.
Esse montante abrange tanto os ativos depositados por credores quanto as garantias fornecidas por tomadores de empréstimo, consolidando o setor como uma das bases mais robustas do ecossistema cripto.
Essa tendência cria oportunidades para investidores, mas também coloca uma responsabilidade crescente sobre esses protocolos à medida que gerenciam um volume crescente de fundos.
SponsoredO quanto movimenta as plataformas de crédito cripto?
Ao mesmo tempo, dados do Token Terminal revelam que os empréstimos ativo, aqueles em que o volume é efetivamente emprestado aos usuários, alcançaram um novo recorde de US$ 26,3 bilhões. Além disso, a dominância da plataforma Aave é cresceu, com US$ 16,5 bilhões em empréstimos ativos, representando mais de 60% do total.
Apesar de indicar um aumento na confiança dos usuários, essa concentração em Aave acarreta riscos sistêmicos em caso de falhas técnicas, ataques de segurança ou ações legais.
A crescente demanda por stablecoins de alto rendimento, como USDT, USDC e DAI, tem desempenhado um papel central neste crescimento. Sobretudo, por elas oferecerem estabilidade de preço em comparação com ativos mais voláteis, o que atrai usuários para operações de empréstimo e tomada de crédito.
Quais os riscos dos créditos cripto?
A Coinbase, por exemplo, registrou US$ 400 milhões em empréstimos de USDC com juros de cerca de 5% em apenas alguns meses, evidenciando o interesse no produto. Porém, o avanço dos empréstimos e da alavancagem também traz riscos.
A principal razão é a desvalorização das garantias cripto dos empréstimo-para-valor (LTV), atualmente em 0,48 na Coinbase. Caso ultrapasse o limite de 86%, as garantias são liquidadas automaticamente, gerando perdas para os tomadores de crédito.
Em mercados em alta, o uso de alavancagem se intensifica, mas qualquer correção abrupta de 10% a 20% pode desencadear liquidações em massa e efeitos cascata. Como advertiu o investidor Lil G, “a alavancagem é uma faca de dois gumes”.
Uma grande preocupação é o risco de liquidação atrelado às razões de empréstimo-para-valor (LTV). A razão LTV mede o valor de um empréstimo em relação à garantia.