As empresas suíças Lonza e Authena unem forças para trazer o blockchain às lavouras do Brasil como forma de garantir a segurança e rastreabilidade dos agroquímicos.
O aumento dos agrotóxicos ilegais utilizados nos campos tem se tornado uma preocupação real e coloca em jogo a segurança do alimento que chega à mesa do consumidor.
Além disso, a pandemia do coronavírus tornou as pessoas mais conscientes sobre a sua saúde alimentar. Dessa forma, rastrear a procedência dos alimentos se torna um desafio que encontra sua solução na tecnologia das criptomoedas.
As empresas suíças Lonza e Authena vão utilizar blockchain para permitir rastrear, bem como comprovar a autenticidade, dos agroquímicos utilizados por agricultores em suas plantações.
A Lonza é uma empresa global que abastece os mercados farmacêuticos e biotecnológicos. Na área do agronegócio, a companhia também produz fertilizantes e tem o Brasil como um dos principais compradores. Já a Authena é uma startup suíça que desenvolve soluções com tecnologia blockchain.

O Brasil é o foco inicial do projeto. Se o projeto piloto for bem-sucedido aqui, o objetivo da Lonza é aplicar a tecnologia blockchain para toda a sua gama de serviços de agronegócio, no restante dos países onde também atua.
Blockchain no campo
O projeto já começou a ser testado nas lavouras do Brasil, munidas de identificadores de comunicação de campo próximo (NFC) nos produtos de proteção da Lonza.
A empresa explica que os identificadores são parecidos com QR Codes. No entanto, são mais complexos e permitem ao usuário verificar a origem do produto. Será possível saber se foi adulterado, qual é sua posição na cadeia de valor e sua validade.
Conforme explica Rubik Sommerhalder, chefe global de marketing da LonzaCropProtection:
“Rastreabilidade, ou saber a posição de um produto na cadeia de valor, melhora claramente a eficiência dos processos. Proteção tem tudo a ver com autenticidade. os produtores precisam saber que os produtos que utilizam são de alta qualidade e não são falsificados.”
A ideia é combinar os identificadores NFC com a tecnologia blockchain para criar uma cadeia global e verificável de suprimentos. Dessa maneira, é possível diminuir o risco da entrada de produtos falsificados no sistema.

O prejuízo do agroquímico ilegal
A escolha do Brasil para ser o primeiro país a receber a tecnologia não vem sem motivos. Em 2019, os agrotóxicos ilegais foram utilizados em 23% de todas as lavouras do país.
O uso de produtos provenientes do contrabando deu prejuízo de R$ 16 bilhões ao mercado brasileiro, conforme dados da AgroLink.
Além das perdas que isso causa à economia do país, o impacto irreversível à saúde da população, que consome produtos contaminados por agrotóxicos ilegais, é incalculável.
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