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Elon Musk quer que você acredite que ele não pensa em criptomoedas

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Atualizado por Júlia V. Kurtz

O bilionário CEO da Testa e dono do Twitter (X), Elon Musk, quer que você acredite que ele não pensa muito em criptomoedas. Sério!

Ele falou isso em uma conversa no Spaces com a CEO da Ark Invest, Cathie Wook, ocorrida na quinta-feira (21). O papo girou em torno de assuntos familiares a Musk, como inteligência artificial, a Tesla e, claro, criptomoedas.

Do Elon Musks dream of electric money?

Elon Musk é conhecido por uma lista interminável de coisas. A lista inclui, por exemplo, aceitar o uso de Bitcoin para o pagamento de carros da Tesla, não aceitar o uso de Bitcoin para o pagamento de carros da Tesla, aceitar o uso de Dogecoin para o pagamento de carros da Tesla e, claro, comprar o Twitter (X).

(Há um número bem maior de exemplos que esses, claro, mas a deadline estava chegando e era preciso fechar logo esse texto)

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

Antes mesmo de o magnata adquirir a rede social, ele já a usava para promover a Dogecoin. Basta um tuíte dele para fazer com que o preço da memecoin suba ou desça.

Sua influência sobre os preços dela, inclusive, inspiraram a criação de mais memecoins. Se você é novo nessa história de cripto, não deve saber de uma certa vez em que Elon Musk disse que seu cachorro, um shiba inu, se chamaria Floki. A internet entrou em polvorosa e, assim, nasceu a Floki Inu (FLOKI).

Esse é o cara que teve a cara de pau de dizer isso:

“Eu não perco muito tempo pensando sobre criptomoedas. Praticamente nada, nada mesmo”.

Na conversa com Cathie Wook, entretanto, o magnata afirmou que vê a blockchain como “uma forma de alocar recursos, mais do que dinheiro”.

Bilionário não gosta de empresas de capital aberto

Talvez a melhor forma de entender a fala de Elon Musk é relacioná-la ao que o bilionário falou sobre a própria Tesla. Ele disse que não gosta de gerenciar uma empresa de capital aberto, porque precisa “priorizar as expectativas de curto prazo de acionistas”:

“Há uma pressão imensa em uma empresa de capital aberto para não ter um semestre ruim. Isso pode resultar em uma operação menos eficiente em que você se esforça para não desapontar pessoas no final do trimestre”.

Antes mesmo de comprar o Twitter (X) e o tornar uma empresa de capital fechado, Elon Musk já falava abertamente na criação de o que chamava de um “app para tudo”. Rumores circulavam com frequência de que esse app poderia ser usado para pagamentos e que a aproximação de Musk com a Dogecoin ocorria porque ele planejava implementar criptomoedas na operação.

Mas brincar de redes sociais parece ser mais difícil do que ele antecipou. Musk assistiu, incrédulo, à fuga de vários anunciantes do Twitter após ele ter feito comentários, digamos, antissemitas (não há eufemismo para isso).

Irritado, ele esbravejou em uma entrevista que estava “documentando a verdade” e que o mundo iria “julgar estas empresas pelo que elas fizeram”.

Ou seja, a fonte de renda do Twitter simplesmente evaporou. Agora, Musk, que planejava usar o software como base para seu “app para tudo”, precisa correr em busca de novas fontes.

O Twitter já está implementando recursos de pagamento, que devem estar disponíveis em algum momento a partir de 2024. Até onde se saiba, a novidade não terá suporte a criptomoedas, pelo menos no lançamento.

Talvez Elon Musk considere a possibilidade de tornar o microblog uma empresa de capital aberto mais uma vez. Em suma, nesse caso, ele pode estar com receio de desapontar futuros acionistas.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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