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Elon Musk e Charles Hoskinson abriram a boca – e só falaram vitupérios

4 mins
Atualizado por Thiago Barboza

A bruxa anda solta na indústria web3 e parece que diversos executivos da área precisam lavar a boca com sabão – ou, pelo menos, de um belo puxão de orelha.

Não só o CEO do Twitter (X), Elon Musk, asperejou anunciantes do microblog como o cofundador da Cardano (ADA), Charles Hoskinson – o homem que inspirou esse texto – voltou a vociferar contra agências reguladoras.

Elon Musk xinga anunciantes do Twitter – muito!

Não é de hoje que Elon Musk é grosso com as pessoas – o que levanta suspeitas sobre uma eventual ascendência gaúcha. O caso que levou os holofotes direto aos olhos do magnata, dessa vez, tem a ver com o êxodo de anunciantes do Twitter (X).

A história começa no início da semana, quando uma matéria do New York Times revelou que a rede social pode perder até US$ 75 milhões em anúncios. Isso ocorre porque as marcas estão com receio de se envolver com a plataforma devido a sua política de permitir conteúdo antissemita (do próprio Musk!). Os dados são de pesquisas internas do próprio site.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

A lista de marcas que saiu correndo do Twitter (X) inclui, por exemplo, Airbnb, Amazon, Coca-Cola, Google, Microsoft, Netflix e Uber.

O site minimizou o assunto, dizendo que as pesquisas nos quais esses dados apareceram estavam “desatualizadas”. O fato é que o Twitter (X) relatou que perdeu 50% do capital de anúncios em julho.

E o que isso tem a ver com Elon Musk? Bem, o CEO do microblog participou de um evento do próprio New York Times, chamado de DealBook Summit, na terça-feira (29). Lá, ele concedeu uma entrevista ao repórter Andrew Sorkin.

E, como bom jornalista, ele perguntou a Musk sobre sua opinião acerca da fuga de anunciantes do Twitter (X):

– Eu espero que eles parem. Não anunciem!, disse Musk.

– Você não quer que eles anunciem? – perguntou Sorkin.

– Não.

– O que você quer dizer?

– Se alguém vai tentar me subornar com anúncios, me subornar com dinheiro? Vão se f*! [nós podemos publicar isso, edição?]

Em seguida, Musk continuou:

“Vão se f*! Está claro? Eu espero que esteja. Viu, Bob [Iger, CEO da Disney]!”.

O chamado ao executivo da Disney ocorre após Iger afirmar, em uma conferência, que anunciar no Twitter (X) “não era necessariamente algo positivo”.

Após o acesso de birra, Musk voltou a ser ele mesmo. Ele afirmou que o boicote dos anunciantes vai “matar a empresa”. Mas Elon Musk não seria Elon Musk se não continuasse:

“O mundo inteiro vai saber que esses anunciantes mataram a empresa e nós vamos documentar isso com detalhes!”, bravatou.

Por fim, Sorkin tentou amenizar a situação, dizendo que os anunciantes tem outra forma de ver as coisas:

“Vamos ver como a Terra responderá a isso!”.

Alguém dê um calmante para Charles Hoskinson

Enquanto isso, nosso fúfio favorito, o fundador da Cardano, Charles Hoskinson, continua disparando barbaridades para quem quiser ouvir.

Somente nessa semana, o cofundador do Ethereum (ETH) já criticou a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) por considerar a ADA como um título em um processo contra a Kraken.

Ele também chamou a comunidade da Ripple (XRP) de paranoica, foi retrucado e, como esperado, respondeu.

(Mas, no meio de tanta irritação, sempre haverá espaço em seu coração para Javier Milei).

Desta vez, Charles Hoskinson voltou a criticar órgãos reguladores americanos. Ele acredita que as agências do país estão afastando players do setor cripto.

“Quando você olha para alguns reguladores dos EUA, em particular, eles fizeram um ótimo trabalho de alienar a maior parte da comunidade. Eles não são nada claros!”, disse ele ao Cointelegraph durante a Finance Week em Abu Dhabi.

Hoskinson acredita – e ele tem certa razão – que há uma “inconsistência na aplicação dos padrões de descentralização da SEC”.

Ainda irritado com a classificação da ADA como título, Hoskinson argumenta que sua criptomoeda “Não vez uma oferta inicial de moedas (ICO)” e que vales de ADA foram vendidos “no território japonês, sem participação dos EUA”.

“Eu acho que, aparentemente, isso está sob jurisdição dos EUA. Houve um airdrop, mas as pessoas então venderam na Binance ou na Bittrex. Conforme a decisão judicial do caso Ripple, isso não é um contrato de investimento. Então, nunca ficou claro como isso se aplica”.

O cofundador da Cardano reforçou sua crítica ao Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH). As duas criptomoedas, em sua visão, se aproximam mais do conceito de título porque são mais centralizadas.

Hoskinson acredita que os órgãos reguladores fazem vista grossa ao Bitcoin, embora seja possível “fazer um ataque 51% no Bitcoin apenas dominando 3 empresas”.

“Como qualquer emissor pode entender quem porta a criptomoeda quando ele não tem qualquer controle sobre a distribuição? Como você pode fazer KYC e AML em qualquer pessoa em um protocolo descentralizado? Se o emissor falir e o protocol continuar operando, o que acontece? Quem registra?”, conclui.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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