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Elon Musk avança compra do Twitter. Que mudanças esperar?

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Atualizado por Levy Prata

EM RESUMO

  • Após uma interrupção feita pelo próprio empresário, novas informações indicam que a compra do Twitter por Elon Musk possui grandes chances de ocorrer.
  • Liberdade de expressão e combate a contas falsas estão entre os principais objetivos de Musk.
  • Aquisição pode mudar para sempre a rede social e, por consequência, a forma como as demais plataformas de mídia e comunicação atuam.
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Elon Musk aumentou sua oferta pessoal para a compra do Twitter, levando muitos a acreditar que o acordo pode ser concretizado em breve. Caso isso ocorra, que mudanças poderão ocorrer na rede social?

Aceito pela diretoria da rede social no final de abril, a venda do Twitter para Musk parecia ser uma questão de tempo, até que empresário anunciou a paralisação das negociações no dia 13 de maio. Com isso, muitos analistas passaram a acreditar que o acordo jamais seria finalizado.

No entanto, um novo documento emitido pela SEC na quarta-feira (25) voltou a dar esperanças para aqueles que desejam que o bilionário comande a rede social. Nele, é informado que o empresário aumentou o valor do financiamento próprio que será feito para a compra da rede social, de US$ 27,25 bilhões para US$ 33,5 bilhões.

Vale destacar que Musk pretende levantar o restante dos US$ 44 bilhões de sua oferta pela empresa por meio de financiamentos de outras instituições, incluindo a Binance. Caso ambas as partes concretizem a negociação, quais mudanças seriam feitas na rede social? Tendo como base as próprias declarações do bilionário, é possível ter uma boa perspectiva do que pode estar por vir.

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Até onde vai a liberdade de expressão no Twitter?

A suposta falta de liberdade de expressão atual no Twitter tem sido dada por Elon Musk como a principal justificativa para o seu desejo de comprar a rede social e torná-la uma empresa de capital privada. Antes mesmo de anunciar sua primeira compra de ações, o empresário já questionava as regras atuais impostas aos usuários da plataforma.

Para Musk, o Twitter precisa ser “contra a censura que vai muito além da lei”, garantindo que seus usuários não serão penalizados pelas suas opiniões. Em mais de uma ocasião, ele deixou claro que a equipe atual da rede social agiu de maneira errada ao banir em definitivo o ex-presidente Donald Trump. Com isso, muitos estipulam a volta do controverso republicano, apesar dela ser improvável, segundo o próprio Trump.

Porém, os comentários de Musk têm gerado debates sobre o tema e qual a responsabilidade das plataformas de mídias sociais em não promover discursos de ódio que possam se beneficiar dessa total liberdade de expressão.

Nesse sentido, parece que o empresário tem sido visto como um extremista de direita para alguns usuários, apesar dele enfatizar que não compactua com as opiniões de Trump e demais políticos deste espectro.

O atual CEO do Twitter, Parag Agrawal, teme que haja uma demissão em massa dos funcionários da empresa que não concordam com essa visão de liberdade sem limites caso a compra da empresa seja concluída.

Guerra contra bots

Elon Musk parece estar empenhado em acabar com os bots e demais perfis falsos do Twitter. Esse tema foi apontando como o principal entrave das negociações, pois o bilionário discorda das estimativas da diretoria da rede social de que menos de 5% dos usuários se enquadram nesse tipo de conta.

Para o CEO da Tesla, essa porcentagem é maior. Em um evento TED deste ano, ele afirmou que há um exército de bots que fazem a plataforma ser “muito pior”. Ele ainda comentou que: “Se eu tivesse uma Dogecoin para cada golpe de criptomoeda que vejo, teria 100 bilhões de Dogecoins.”

Musk acredita que pode ter a solução para esses problemas. Caso realmente consiga exterminar os bots e perfis falsos e golpistas da rede social, será provável que grande parte dos usuários que usem a rede vejam o seus números de seguidores caírem. Uma estimativa indica que o próprio empresário pode ter o seu número de seguidores reduzidos pela metade.

Pagar para usar o Twitter?

O Twitter lançou no ano passado o seu serviço de assinatura premium, o Twitter Blue. Com um custo mensal de US$ 3, ele permite que usuários tenham recursos extras na rede social, como pastas para adicionar seus favoritos e a opção de desfazer um comentário nos 30 primeiros segundos após ele ser publicado.

Em um tuite já excluído, o CEO da Tesla disse que os assinantes desse serviço devem ter o direito de usar um ícone de conta verificada, da mesma forma que as celebridades possuem para provar que suas contas são verdadeiras. Além disso, ele deu a entender que assinar o Twitter Blue passará a ser obrigatório para determinadas contas.

“O Twitter sempre será gratuito para usuários casuais, mas talvez com um pequeno custo para usuários comerciais/governamentais”

NFTs e criptomoedas

O Twitter tem sido a rede social mais pró-cripto dos últimos anos, sendo a primeira a aderir tokens não fungíveis (NFTs) e pagamentos em criptomoedas. Isso se deve a Jack Dorsey, cofundador e ex-CEO da empresa, conhecido por ser um grande entusiasta do Bitcoin.

Ao que tudo indica, Musk deve expandir ainda mais as opções de pagamentos, que atualmente estão disponíveis somente para gorjetas. Durante sua participação no podcast All-In, ele disse que expandir esses recursos seria “muito útil”, seja em moeda fiduciária ou em criptomoedas. Em tom de brincadeira, ele já comentou que o Twitter poderia oferecer suporte a Dogecoin em breve.

Já o futuro de NFTs permanece uma incógnita. Anteriormente, Musk criticou a possibilidade de usuários usarem suas obras neste formato como suas fotos de perfil, dizendo que isso era “irritante”. Ele ainda comentou que a equipe de engenharia e desenvolvimento da rede social teria perdido tempo em criar essa ferramenta ao invés de combater os bots e perfis golpistas.

O que Elon Musk tem a ganhar e perder ao comprar o Twitter?

Ao anunciar suas intenções de compra do Twitter, Elon Musk tem colocado em jogo muito mais do que uma parte considerável de sua fortuna. Caso o acordo seja concretizado, ele pode ter a garantia que terá uma das maiores plataformas de comunicação que se enquadre as suas preferências, aumentando ainda mais o seu poder e influência.  

Além disso, ele continuará livre para dar suas declarações polêmicas, que muitas vezes mexem com o mercado. Vale lembrar que o bilionário possui um longo histórico de tuites que impactaram no preço de diversas criptomoedas e ativos, sendo com isso acusado de manipular mercados ao seu favor.

Porém, o empresário tem enfrentado empecilhos neste caminho. As ações da Tesla, que representam boa parte de seu patrimônio, reagiram de forma negativa desde que a possível compra foi anunciada. Além disso, o empresário tem sido investigado nos Estados Unidos pela forma que tem conduzido as negociações da rede social.

A possível compra do Twitter pode mudar para sempre a rede social e a forma como as demais plataformas de mídia e comunicação atuam. Além do mais, tem sido interessante ver que até mesmo o homem mais rico do mundo tem enfrentado dificuldades para atingir seus objetivos. Resta aguardar quais serão os próximos passos tomados nesta negociação.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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