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Dono de NFT Bored Ape processa Opensea após phishing

2 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Timonthy McKimmy, dono de um token da coleção Bored Ape, entrou com um processo contra a OpenSea por negligência e rompimento de contrato.
  • McKimmy quer o seu Bored Ape de volta e exige uma indenização de mais de U$S 1 milhão.
  • O proprietário do NFT tentou entrar em acordo com a plataforma, mas recebeu a informação de que o caso estava sendo investigado.
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Timonthy McKimmy, dono de um token da coleção Bored Ape, entrou nessa semana com uma ação de negligência e rompimentos de contrato contra a Plataforma OpenSea pelas vendas indevidas de seu NFT por valores bem abaixo do mercado.

Conforme relatado pelo DC Forecasts, Timonthy McKimmy alegou que os NFTs foram vendidos a hackers por um valor bem abaixo do mercado e que a OpenSea sabia se tratar de um bug, mas mesmo assim deixou a transação ocorrer.  

Timonthy é proprietário de um Bored Ape, uma das coleções mais famosas do mundo que conta até com fãs como jogadores de futebol e cantores famosos. A coleção não sai da lista dos TOP 10 mais vendidos e Timonthy não é o primeiro a reclamar da plataforma.

A OpenSea não vive dias bons. Algumas reclamações foram levantadas recentemente sobre a plataforma, sendo algumas sobre uma coleção nazista, uma racista e até de criadores de NFT, que andam se apropriando indevidamente da obra de alguns artistas sem as suas permissões, como foi o caso da Coleção Crypto Chicks NFT.

Se por um lado o mundo dos NFTs tem rendido muitos milhões para alguns, por outro tem rendido muitas dores de cabeça. Pelo crescimento desenfreado deste segmento, a atração por esse setor só tem crescido e com ele as fraudes, os roubos e até as vendas com preços em desacordo com o dono da coleção tem acontecido.

Quero meu Bored Ape de volta

Segundo o DC Forecasts, McKimmy quer o seu Bored Ape de volta e exige uma indenização de mais de U$S 1 milhão. O criador pode ser o pioneiro a envolver as listagens inativas do mercado de NFTs.

No tribunal federal do Texas, Timonthy se apresentou como o proprietário de um macaco entediado #3475, que representa um conjunto de 10.000 NFTs. Ele explicou que não havia colocado o seu token à venda, e, portanto, foi roubado, já que o mesmo foi vendido indevidamente a outro comprador por 99 ETH. Ele ainda afirma que o NFT em questão é uma raridade e bem mais caro do que o modelo vendido ao cantor Justin Bieber, por US$ 1.3 milhões.

A denúncia

McKimmy entrou com uma denúncia de negligência e rompimento de contrato por parte da OpenSea. A DC Forecasts publicou o registrou judicial:

“Em vez de desligar sua plataforma para resolver e corrigir essas questões de segurança, o Réu continuou a operar. O réu arriscou a segurança dos NFTs e cofres digitais de seus usuários para continuar coletando 2,5% de cada transação ininterrupta.”

O proprietário do NFT foi mais longe, explicando que tentou entrar em acordo com a plataforma, mas não foi ouvido. A única informação enviada pela empresa é a de que o caso está sendo investigado. O pior de toda essa história é que outras pessoas foram lesadas.

De coleções nazistas, racistas e coleções de NFTs plagiados de artistas

Recentemente, a dona da Coleção Crypto Chicks NFT, na OpenSea, veio à público dizer que plagiou desenhos da artista Amanda Costa, muito conhecida no Instagram, com mais de 100 mil seguidores e que produz mulheres em suas pinturas. Ela ainda não entrou neste mercado, mas deve ter levado um susto desagradável ao ver os seus desenhos na coleção.

Há algum tempo atrás, a OpenSea esteve mais uma fez nos holofotes de confusões, por conta de uma coleção de NFTs nazistas, alguns deles com a frase Heil Hitler e imagens de Hitler em todas as posições. Após muitas polêmicas a plataforma retirou a coleção do ar.

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Priscila Gorzoni
Jornalista formada pela Universidade Metodista de São Paulo, em ciências sociais pela USP, em direito pela Universidade Mackenzie, lato sensu em Fundamentos da arte e cultura pela Unesp-SP e mestre em história pela PUC SP. Iniciei minha carreira nas revistas passando por publicações como Bons Fluidos, Nova, Cláudia, Saúde. Mundo Estranho, Superinteressante e National Geographic Brasil.
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