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Dólar baixo deixa stablecoins atrativas para brasileiros

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • Queda no valor do dólar torna stablecoins atrativas a investidores.
  • Moedas são pareadas a moedas fiduciárias e possuem valor estável.
  • USDT e Dai podem ser usadas para manter o valor do dinheiro em caso de queda do real.
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A recente onda de queda do valor do dólar frente ao real fez com que o investimento em stablecoins pareadas na moeda estrangeira se tornasse mais uma vez atrativo.

O dólar era negociado a um valor entre R$ 5,30 e R$ 5,50 durante o mês de maio, mas fechou a R$ 5,05 nesta semana em antecipação à divulgação de dados dos Estados Unidos. É a primeira vez que a moeda americana cai a este nível desde dezembro de 2020.

O real teve o segundo pior desempenho em 2020 frente às outras moedas do mundo, com queda de 29% em relação ao dólar. O recorde de valor da moeda brasileira ocorreu em março, quando ela foi cotada em R$ 5,88.

Stablecoins

A queda do valor da moeda americana faz com que se torne mais atrativo o investimento em stablecoins, criptomoedas pareadas a moedas fiduciárias que funcionam como dinheiro tokenizado. A maioria delas tem preço espelhado no dólar.

Um exemplo é o Thether USD (USDT), que oferece uma forma de manter o valor do dinheiro em formato de criptomoeda e sem a preocupação com a volatilidade dos mercados.

O DAI é outra stablecoin pareada no dólar. Criada pela MakerDao desde 2016, a criptomoeda opera em plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) e pode ser um refúgio para investidores que queiram transformar seu patrimônio em dólar.

Uma das vantagens da stablecoin é a capacidade de usá-la em projetos DeFi, como staking, pools de liquidez e yield farming, opções que possuem rendimentos anuais superiores aos normalmente conseguidos em bancos e à taxa Selic.

Há ainda a USDC, cuja desenvolvedora recebeu o maior aporte da indústria cripto recentemente, além das stablecoins atreladas a exchanges como o BUSD, da Binance.

Hora de dolarizar

criptomoedas tether

Segundo o CEO da Coinext e economista José Artur Ribeiro, a aquisição de stabecoins é a opção mais prática para expor o patrimônio à moeda americana. Para ele:

“O dólar está no menor patamar dos últimos meses, o que, na nossa visão, representa um excelente ponto de entrada para os investidores que ainda não têm patrimônio atrelado à moeda mais forte do mundo”

Fernando Ulrich, autor do livro “Bitcoin – A moeda na era digital”, concorda com esta posição. Em um post no Twitter, ele escreveu “abre-se uma janela interessante para dolarização de patrimônio”, sugerindo que o preço do dólar poderá subir ano que vem em meio ao clima de eleições presidenciais.

O último relatório Focus do Banco Central, que reflete a opinião de agentes de mercado brasileiros, mostra que a expectativa não é nada boa para o real para os próximos anos.

Mesmo com a queda recente, os números mostram que o sentimento dos analistas é de que o dólar não caia para menos de R$ 5 pelo menos até o final de 2024.

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Júlia V. Kurtz
Editora-chefe do BeInCrypto Brasil. Jornalista de dados com formação pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia pela Globo e, agora, está se aventurando pelo mundo cripto. Tem passagens na Gazeta do Povo e no Portal UOL.
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