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Bitcoin: Dificuldade de mineração bate recorde e aumenta riscos de centralização

2 Min.
Atualizado por Thiago Barboza

Resumo

  • A dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) atingiu a máxima histórica de 39,35 ExaHashes por segundo (EH/s) nesta segunda-feira (30).
  • 12 meses atrás, esta métrica estava em 26,24 EH/s.
  • Além de precisar gastar mais poder computacional e enfrentar uma maior concorência, os mineradores estão recolhendo lucros menores por cada bloco minerado.
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A dificuldade de mineração do Bitcoin (BTC) atingiu a máxima histórica de 39,35 ExaHashes por segundo (EH/s) nesta segunda-feira (30).

A dificuldade de mineração do Bitcoin é uma métrica usada para definir o poder computacional necessário para minerar um bloco da rede da criptomoeda. Seu valor oscila a cada duas semanas, aumentando à medida que novos mineradores entram na rede para disputar as recompensas de cada bloco minerado – atualmente de 6.25 BTC.

Bitcoin: Dificuldade de mineração bate recorde e aumenta riscos de centralização
Dificuldade de mineração do Bitcoin – CoinWarz

Dificuldade de mineração em movimento contrário ao Bitcoin

A dificuldade de mineração do Bitcoin tem aumentando desde o início de 2022, quando o inverno cripto entrou em cena. Em janeiro do ano passado, ela estava em 26,24 EH/s, sofrendo um aumento de quase 50% ano a ano.

Uma tendência de alta semelhante é observada na taxa de hash, que subiu de 182,37 EH/S para a atual 305,81 EH/S. Essa métrica, por sua vez, mede a quantidade de poder computacional que os mineradores precisam ter para minerar um bloco.

Ou seja, atualmente é necessário mais de 305 quintilhões de tentativas de quebra de código por segundo para resolver as equações computacionais necessárias para validar cada bloco da rede.

Em contrapartida, o Bitcoin tem caminhado em outra direção. Negociado no fechamento da matéria em US$ 23.170, ele está cerca de 40% abaixo do valor visto em janeiro de 2022, de US$ 38.000.

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Um mercado para poucos

A movimentação do Bitcoin e as métricas de mineração mostram que os mineradores se encontram numa situação crítica. Além de precisar gastar mais poder computacional e enfrentar uma maior concorrência, as recompensas oferecidas estão menores.

Outras situações de fora da indústria também têm gerado adversidades, como o aumento nas tarifas de energia elétrica e questões regulatórias. Dessa forma, muitos mineradores e grandes empresas especializadas nesta atividade se encontram em dificuldades.

A Core Scientific, uma das maiores empresas de mineração cripto dos Estados Unidos, declarou falência no final do ano passado. Já a Greenidge Generation, outra titã do setor, disse publicamente não saber por quanto tempo suas operações continuarão viáveis.

Se a tendência atual não for revertida, é provável que outros grandes players precisem paralisar ou abandonar as suas operações. Com isso, o mercado de mineração do Bitcoin corre o risco de ficar centralizado nas grandes empresas capazes de aguentar o ritmo atual até que um novo ciclo de alta ocorra.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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