Após passar boa parte do mês de fevereiro negociando em um intervalo, o Bitcoin (BTC) rompeu abaixo da zona de consolidação, caindo para menos de US$ 90 mil pela primeira vez desde novembro do ano passado. A maior criptomoeda do mercado agora é negociada a US$ 88.396 mil.
Essa queda sinaliza, principalmente, uma pressão de baixa crescente, levantando preocupações de que o declínio possa se estender ainda mais no mês que vêm.
Limitado ou rompimento? Especialistas opinam
De acordo com Brian, analista da Santiment, as baleias de Bitcoin continuam reduzindo a atividade de negociação, aumentando a probabilidade de um declínio adicional no valor da moeda.
As baleias de Bitcoin parecem ter dado uma pausa e não estão acumulando no momento (principalmente permanecendo estáveis), disse Brian ao BeInCrypto.
O declínio no fluxo líquido dos grandes detentores de Bitcoin corrobora a posição de Brian. Segundo a IntoTheBlock, a métrica despencou mais de 600% nos últimos 30 dias.
Grandes detentores referem-se a endereços de baleias que possuem mais de 0,1% do suprimento circulante de um ativo. Seu fluxo líquido rastreia a quantidade de moedas que compram e vendem em um período específico.
Quando cai, esses investidores-chave estão reduzindo as participações em tokens, sinalizando um aumento na atividade de venda. Isso pode exacerbar a pressão de baixa sobre o preço do BTC à medida que a oferta aumenta no mercado.
Para John Glover, Diretor de Investimentos (CIO) da Ledn, o BTC provavelmente permanecerá limitado entre US$ 89 mil e US$ 108 mil em março.
De uma perspectiva técnica, o BTC está seguindo um de dois caminhos. Em primeiro lugar, há um bom potencial para uma queda para US$ 89 mil ou até US$ 77 mil antes do próximo rali. Em segundo lugar, já vimos as mínimas, e o próximo movimento será para cima, até ~US$ 130 mil. É impossível prever em qual caminho estamos, e previsões de curto prazo são insignificantes quando movimentos intra-semana/intra-mês são ditados por notícias e, recentemente, pelas ações de grandes players como a Strategy. Minha visão pessoal é que permanecemos presos em um intervalo de US$ 89 mil a US$ 108 mil em março”, disse Glover.
Além disso, dada a postura pró-cripto do presidente Donald Trump, alguns investidores se perguntam como as políticas podem impactar o preço do Bitcoin em março. No entanto, Glover acredita que a maior parte do “efeito Trump” já foi sentida.
A maioria do “efeito Trump” já foi sentida. Sabemos que ele é muito favorável aos ativos digitais e colocou em prática seus planos para simplificar as regulamentações associadas à cripto. Não acho que ele seja um fator importante no curto prazo, acredita Glover.
Bitcoin se aproxima de níveis de sobrevenda – há uma recuperação no horizonte?
O Bitcoin pode estar sobrevendido e pronto para um repique, conforme refletido pelas leituras do Índice de Força Relativa (RSI). No momento da publicação, este indicador de momento está em queda, em 31,16.
O indicador mede as condições de mercado de sobrecompra e sobrevenda de um ativo. Ele varia entre 0 e 100, com valores acima de 70 indicando que o ativo está sobrecomprado e prestes a cair. Por outro lado, valores abaixo de 30 sugerem que o ativo está sobrevendido e pode testemunhar um repique.
A leitura do RSI do BTC sugere que ele está se aproximando do território de sobrevenda. Isso indica um possível repique em direção a US$ 92.325 se a pressão de venda diminuir.
Por outro lado, se essa queda persistir, o preço da moeda poderia cair para US$ 80.835.
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