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CVM rejeita segundo termo de compromisso da BlueBenx

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Atualizado por Aline Fernandes

EM RESUMO

  • A CVM rejeitou pela segunda vez o termo de compromisso da Bluebenx, suspeita de operar um esquema de pirâmide com criptomoedas.
  • Caso envolve a venda de um token pela BlueBenx que o regulador caracterizou como uma oferta pública de valores mobiliários sem autorização.
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A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) rejeitou uma proposta conforme a BlueBenx. Há suspeitas de que a empresa operou uma pirâmide de criptomoedas.

CVM rejeita termo de compromisso

Conforme um parecer da CVM, a agência rejeitou uma proposta de Termo de Compromisso da Bluebenx para encerrar processos administrativos.

A CVM acredita que as propostas não tinham um plano concreto para as atividades ilegais. Além disso, o caso seria grave demais para aqueles termos.

Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude

O caso envolve a venda de um token pela BlueBenx que o regulador caracterizou como uma oferta pública de valores mobiliários sem autorização.

“Foram reunidos indícios de eventual operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários conduzida pela Bluebenx e seus responsáveis, visando beneficiar os seus sócios em detrimento dos investidores que aportaram recursos financeiros nas contas correntes da BlueBenx”, disse a CVM em um parecer.

Foram os responsáveis pela empresa, André Massao Onomura e Renato Sanches Gonzales Júnior, que fizeram a proposta à CVM. Ela incluía o pagamento de R$ 200 mil.

O principal líder da BlueBenx, Roberto de Jesus Cardassi, está preso desde julho, quando foi capturado em Portugal. Esta é a segunda vez que a empresa faz uma oferta à CVM. A primeira ocorreu em janeiro de 2023.

Na época, a BlueBenx ofereceu o pagamento de R$ 150 mil, além de outra de R$ 50 mil a ser paga pelo próprio Cardassi. A CVM também rejeitou essa proposta.

Entenda o caso

A Bluebenx é mais uma das plataformas de criptomoedas que prometia rendimentos superiores ao do mercado. Entretanto, seus clientes perderam a capacidade de sacar seus fundos no dia 11 de agosto de 2022.

A empresa afirmou que o bloqueio dos saques ocorreu em seguida a um ataque hacker. Depois, disse que foi vítima de um golpe de falsa listagem.

Ao todo, a Bluebenx perdeu R$ 160 milhões, disse seu advogado à época. Por outro lado, os rastros on-chain da movimentação apontavam que ela perdeu apenas R$ 1,1 milhão em tokens.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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