A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil prepara uma cooperação técnica com o CDP Latin America. O anúncio ocorre próximo a negociações da CVM com o Banco Central para usar ativos sob gestão do órgão em testes do DREX.
A entidade é uma organização sem fins lucrativos que trabalha com investidores, companhias e governos. O objetivo é “construir e acelerar ações colaborativas para um desenvolvimento que funcione para as atuais e futuras gerações”.
Órgão de olho em parcerias ambientais
O Colegiado da CVM aprovou o acordo em uma reunião ocorrida na terça-feira (6). O objetivo é “promover a cooperação técnica e a troca de experiências em finanças sustentáveis e incentivar a educação financeira e a inovação”.
A CVM reforça que o CDP oferece uma plataforma de coleta e divulgação de dados ambientais e climáticos para empresas. É possível usar essas informações para melhorar práticas de sustentabilidade.
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As atividades da cooperação devem envolver, por exemplo, a capacitação de servidores e colaboradores da CVM, com educação de financeira, estudos e trocas de experiências.
Além disso, estão previstas a elaboração de guias de orientação sobre formulação de relatórios e transparência de riscos climáticos. Estes materiais, portanto, vão “estimular a divulgação qualificada de tais informações no mercado de capitais e a proteção do investidor”.
“A celebração do Acordo de Cooperação entre a CVM e o CDP representa um avanço significativo na promoção de finanças sustentáveis e na transparência de informações ambientais e climáticas no mercado de capitais brasileiro. A parceria buscará capacitar e educar os diversos agentes do mercado sobre práticas sustentáveis, assim como facilitar o acesso a dados climáticos aderentes ao IFRS S2, auxiliando a CVM a monitorar a maturidade do mercado em se adaptar as novas regras de sustentabilidade (IFRS S1 e S2)”, disse a Superintendente de Orientação aos Investidores e Finanças Sustentáveis (SOI) da CVM, Nathalie Vidual.
CVM vai participar de testes do DREX
O reforço das parcerias com entidades de proteção ao meio ambiente surge em um momento em que o Brasil se prepara para lançar sua própria moeda digital do banco central (CBDC), o DREX.
Embora a CVM não seja uma das desenvolvedoras primárias do projeto, ela vai começar a atuar em suas próximas etapas, uma vez que é o órgão responsável pela supervisão de criptomoedas no Brasil. O objetivo é usar ativos sob gestão do órgão regulador para testes.
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