No dia 23 de maio o site O Globo anunciou que o Ministério da Economia deve pedir dinheiro emprestado para instituições financeiras internacionais.
Esse financiamento externo, de cerca de US $ 4,01 bilhões, seria usado para bancar parte das medidas tomadas para combater os efeitos causados pela pandemia do COVID-19.
Pedidos de empréstimo a instituições internacionais feitos pelo Governo Federal são raros, o último contrato desse tipo foi assinado em 2018, quando a União solicitou US $ 250 milhões para o Ministério da Educação.
A taxa de câmbio usada como referência para o pedido desse ano foi de R$ 5,237, o que totalizaria R$ 21 bilhões. E alguns bancos já aceitaram participar do empréstimo.
Salvar as contas públicas em meio a pandemia
Para custear os impactos da pandemia, a operação de empréstimo deve envolver 6 instituições financeiras e os prazos para a quitação da dívida devem ser de até 20 anos. Técnicos que participaram da discussão desse projeto disseram que o volume de recursos necessários para reduzir os impactos da pandemia são expressivos, e, para piorar, a crise econômica deve levar à queda na arrecadação de impostos. Isso deve impactar o nível de recursos disponíveis na Conta Única do Tesouro. Geralmente, quando isso acontece, o governo emite dívida. Porém, segundo os técnicos, os juros no mercado doméstico têm subido e seria financeiramente vantajoso recorrer ao financiamento externo, o que permite obter recursos de longo prazo a taxas mais atraentes.Juros baixos pra quem?
O economista Fernando Ulrich, através do seu twitter, comentou a matéria publicada e contestou as nossas taxas de juros. Ele questionou o motivo de, com a Selic tão baixa, por que o Governo irá se endividar em dólar? E por que não realizar esse financiamento no mercado doméstico.Afinal, o COPOM reduziu a taxa de juros para 3%. E a previsão é que a Selic caia mais, podendo chegar a até 2% segundo alguns analistas. Existem ainda alguns economistas que defendem uma redução mais drástica, acreditando que o Brasil precisa de juro zero. Porém, mesmo com a Selic a 3%, por que esse financiamento barato não está chegando à população? Ou, neste caso, ao governo? O tweet de Ulrich gerou uma discussão entre os seus seguidores e algumas teorias foram levantadas. Alguns usuários acreditam que o governo está indicando uma queda do dólar. Outros afirmam que a queda dos juros é artificial. O governo está sendo forçado a fazer empréstimos em dólar por que não consegue esse financiamento em real, devido a falta de liquidez por causa da Selic baixa.Perguntas inconvenientes:
Se nossa Selic está tão baixa assim, para que se endividar em dólar junto a organismos internacionais? Por que não se financiar no mercado doméstico? https://t.co/mEQ3ggr9Sm — Fernando Ulrich (@fernandoulrich) May 26, 2020
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Airí Chaves
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos.
Com um histórico de escrita para renomadas exchanges brasileiras...
Com formação em marketing pela Universidade Estácio de Sá e um mestrado em liderança estratégica pela Unini, escreve para diversos meios do mercado de criptomoedas desde 2017. Como parte da equipe do BeInCrypto, contribuiu com quase 500 artigos, oferecendo análises profundas sobre criptomoedas, exchanges e ferramentas do setor. Sua missão é educar e informar, simplificando temas complexos para que sejam acessíveis a todos.
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