Confiável

Criminosos negociaram mais de US$ 649 bilhões em stablecoins no ano passado

2 Min.
Atualizado por Lucas Espindola

Resumo

  • US$ 649 bilhões em stablecoins foram movidos para endereços de alto risco em 2024.
  • Adoção legítima cresce mais rápido que o uso ilícito de stablecoins.
  • Tether e Circle congelaram mais de US$ 1 bilhão em ativos para combater lavagem de dinheiro e fraude.
  • promo

O Relatório de Crimes Cripto de 2024 da Bitrace revela que criminosos transferiram esses valores para endereços classificados como de alto risco. Embora o uso de stablecoins em fraudes e esquemas de lavagem de dinheiro tenha aumentado, a adoção legítima cresceu em ritmo ainda mais acelerado, diluindo proporcionalmente o uso ilícito.

O relatório também abordou outros fatores, como jogos de azar e mercados da darknet, destacando o aumento das ações de fiscalização contra a lavagem de dinheiro com stablecoins. Nesse contexto, a Tether e a Circle congelaram mais de US$ 1 bilhão em ativos no ano passado, reforçando os esforços regulatórios no setor.

Uma tendência preocupante?

Stablecoins são um componente vital do ecossistema cripto internacional, mas desempenham um papel semelhante no crime. Por exemplo, o investigador cripto ZachXBT alegou no mês passado que hackers norte-coreanos têm “participação epidêmica neste espaço”.

O relatório detalha atividades ilícitas em toda a indústria, mas foca especificamente em stablecoins.

Uso de Stablecoin no Crime 2024
Uso de Stablecoin no Crime 2024. Fonte: Bitrace

Os dados indicam que, no ano passado, houve um aumento de stablecoins transferidas para endereços de alto risco, um aumento em relação a 2023. No entanto, essas transações corresponderam a apenas 5,14% do volume global dessas moedas, uma leve queda em comparação aos 5,94% registrados no ano anterior.

Em outras palavras, o setor de stablecoins está crescendo mais rápido do que seu uso em crimes cripto. Naturalmente, a Tether compõe a esmagadora maioria dessas transações, já que é a stablecoin mais popular. A Tron e o Ethereum foram as blockchains mais populares para stablecoins USDT, representando cerca de 90% do volume relacionado a crimes.

A presença do Ethereum cresceu em relação a Tron, esta ainda representa mais de 75% das transações.

Stablecoins: crescimento e desafios contra crimes

A publicação focou principalmente na indústria de stablecoins, mas também abordou outros setores. Por exemplo, o comércio ilícito na darknet cresceu mais de US$ 30 bilhões à medida que vendedores mudaram para DeFi para evitar a aplicação da lei. O jogo cripto também está em ascensão, aumentando 17,5% para US$ 217,84 bilhões.

No entanto, a indústria também está tomando várias iniciativas próprias. Golpes e fraudes aumentaram no ano passado, saltando de US$ 12 bilhões em 2023 para US$ 52 bilhões em 2024.

Serviços de custódia, como a Huione, desempenham um papel crucial, e a Tether tem se empenhado no congelamento de suas carteiras. Embora tenha neutralizado apenas uma parte do comércio da Huione, essa ação marca um início promissor.

A Tether e a Circle têm sido ativas no congelamento de carteiras cripto usadas por criminosos, já que stablecoins são um pilar desse ecossistema.

A quantidade total de ativos congelados cresceu em quase US$ 1 bilhão em 2024, o dobro do valor dos últimos três anos combinados. Isso está muito abaixo do necessário, mas espera-se que essas operações possam ser ampliadas.

Para resumir, stablecoins são um componente próspero do submundo criminoso da cripto, mas a fiscalização está se tornando mais determinada e sofisticada.

Se a indústria continuar a focar no combate à fraude e à lavagem de dinheiro, poderá fazer uma diferença real. Os usos legítimos de stablecoins superam esse setor, e a participação total de mercado dos criminosos está diminuindo.

Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas
Melhores plataformas de criptomoedas

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

gabriel.gameiro.jpg
Gabriel Gameiro
Formado em jornalismo pela PUC de São Paulo, Gabriel Gameiro é acumula 10 anos de experiência profissional. Ao longo de sua carreira, passou por diversas redações pelo país, tendo um portfólio robusto de coberturas e publicações de diferentes segmentos.
LER BIO COMPLETA
Patrocionado
Patrocionado