O criador do Ordinals, projeto que permite a criação de NFTs na blockchain do Bitcoin, disse que não esperava que o projeto fosse se tornar tão popular.
A declaração ocorreu em uma entrevista ao TechCrunch. De acordo com o artista da programação Casey Rodarmor, o Ordinals só fez sucesso porque a comunidade o viu como controvérsia.
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“Foi então que eles perceberam que [o Ordinals] era exatamente o que eles queriam: NFTs on-chain imutáveis que estarão lá para sempre!”, afirma.
SponsoredO projeto cresceu desde sua criação. Ele levou, inclusive, à criação de cópias não oficiais de coleções NFT, como o CryptoPunks.
“Eu pensei que estava construindo algo bom e que atendia a um mercado com demanda, que colecionadores de NFTs já disseram que querem”.
Ordinals em números
Desde sua criação, o Ordinals cunhou mais de 122.500 NFTs na rede Bitcoin – também chamados ordinals. Os dados são da Dune Analytics.
No início da semana, esse número era de 88.000. O crescimento do projeto começou no dia 8 de fevereiro, com cerca de 21.000 tokens criados.
O primeiro Ordinal registrado na blockchain do Bitcoin, chamado de inscrição 0, é o Genesis, criado pelo próprio Rodarmor. Ele é uma pixel art de uma caveira que significa “o começo de tudo”. “É muito simples, mas eu estou orgulhoso dele”, diz o criador.
Já a segunda inscrição foi criada três dias depois e é uma imagem do NFT CryptoDickbutts.
Controvérsias do projeto
A novidade não foi bem recebida pela comunidade do Bitcoin. Muitos membros acreditam que não é bom ter NFTs na blockchain, uma vez que eles ocupam espaço nos blocos e aumentam as taxas de transação.
Os Ordinals não são NFTs da forma convencional e não são intercambiáveis para outras blockchains. Portanto, é possível criar cópias piratas de coleções famosas. Algo que não deve ir ao encontro de empresas especializadas como a Yuga Labs – criadora do Crypto Punks – que já está envolvida em casos judiciais o suficiente envolvendo a coleção.
Por fim, outro problema do Ordinals é que, no momento, não existe um marketplace compatível com o formato. Embora isto signifique que é impossível trocar NFTs a não ser diretamente com o receptor, nada impede que mercados compatíveis sejam criados no futuro.
