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Credit Suisse corre risco de falência e aumenta temor de recessão global

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Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Para especialistas, uma eventual falência do Credit Suisse poderia gerar efeitos semelhantes ao crash do Lehman Brothers.
  • Banco suiço perdeu mais de US$ 10 bilhões em valor de mercado em um ano.
  • Deutsche Bank também passa por problemas, segundo relatórios.
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Para especialistas, uma eventual falência do Credit Suisse poderia gerar efeitos semelhantes ao crash do Lehman Brothers, considerado um dos precursores da recessão global de 2008.

Considerado uma das instituições financeiras de maior prestígio no mundo, o Credit Suisse se enquadrava entre as empresas “grandes demais para falir”. Porém, o cenário parece estar mudando para o famoso banco sediado em Zurique.

Um relatório da Reuters informa que os funcionários de alto escalão do banco estão tendo cada vez mais dificuldades para tranquilizar os seus clientes. Isso se deve em especial pelos indícios de crise de liquidez e posição de capital de alto risco da instituição.

O Credit Suisse perdeu mais de US$ 10 bilhões em valor de mercado no ano, enquanto o preço de suas ações despencou de US$ 26,85 para US$ 10,64. Enquanto isso o seu CDS, derivativo financeiro que indica o risco de crédito da instituição, está sendo negociado em seu maior valor desde 2008. Em outras palavras, investidores querem premiações maiores para fazer aportes, indicando um maior medo de que o banco seja incapaz de honrar seus compromissos financeiros.

Credit Suisse em ‘momento crítico’

Em um memorando interno divulgado na última sexta-feira (30), o diretor executivo Ulrich Körner ressaltou que o Credit Suisse detinha uma boa base de capital e liquidez. Apesar disso, ele confessou que a instituição vive um “momento crítico”.

Segundo analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal, o banco suíço precisa levantar cerca de US$ 6 bilhões para se recuperar da crise atual. Além disso, sua posição alavancada atualmente seria de aproximadamente US$ 900 bilhões.

Outro banco que passa por apuros, segundo outros relatórios, é o Deutsche Bank. As ações do maior banco da Alemanha caíram mais de 40% nos últimos 12 meses. Vale lembrar que ambas as instituições se envolveram em um forte escândalo no início deste ano, com documentos vazados mostrando que diversas contas registradas nas empresas eram operadas por criminosos.

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Comunidade cripto comenta crise

A possível falência do Credit Suisse chegou a estar entre os trending topics do Twitter no último domingo (2), com muitos analistas e usuários comentando sobre as consequências que este evento poderia ter para todo o mercado.

Entre eles, estava o youtuber pró-cripto Lark Davis, que observou que ambos os bancos tinham US$ 2,7 trilhões de ativos sob gestão. Para ele, o colapso das instituições poderia iniciar uma grande recessão econômica na Europa e no resto do mundo, aos moldes do Lehman Brothers em 2008. Davis ainda comentou que o Credit Suisse e o Deutsche Bank estão “sendo martelados” porque “pertencem a um setor muito fraco e ciclicamente exposto”.

Apesar de grandes entusiastas cripto não verem com bons olhos os bancos e demais órgãos do sistema financeiro tradicional, uma grande crise neste setor poderia prejudicar fortemente a capitalização em torno das criptomoedas. Apesar de serem vistos por muitos como uma forma de proteção e reserva de valor, ativos cripto como o Bitcoin (BTC) estão cada vez mais correlacionados ao mercado de ações.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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