A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras vai ouvir nesta quarta-feira exchanges que operam criptomoedas. O objetivo é entender como funcionam plataformas que negociam criptoativos e ouvir as perspectivas das corretoras.
“Essas empresas são plataformas digitais nas quais é possível comprar, vender, trocar e armazenar criptomoedas”, explica o presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), um dos requerentes da audiência. “São, assim, intermediadoras entre vendedores e compradores de ativos digitais.”
O deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), que também pediu o debate sobre o assunto, disse que as corretoras possuem um conhecimento aprofundado sobre o mercado, incluindo os diferentes tipos de criptomoedas, práticas de negociação e tendências do setor. “Sua expertise é crucial para entender as dinâmicas do mercado e as práticas comuns nesse setor”, afirma.
Gutemberg Reis (MDB-RJ) apresentou requerimento para discutir o processo de “tokenização”. “Tokenizar um bem ou serviço é reproduzir o produto de forma digital, conferindo benefícios, valor e características originais associados a ele, inscritos em uma determinada blockchain”, explica o parlamentar.
Mercado Bitcoin, Foxbit, Bitso Brasil e Digitra estão entre as exchanges confirmadas que serão ouvidas nesta quarta-feira; Ontem a Comissão ouviu especialistas no assunto.
Falaram sobre o tema o presidente da ABCripto, Bernardo Sur, o especialista em Compliance e Direito Digital, Matheus Puppe e o diretor de Prática de Estratégia de Negócios Digitais e cientista-chefe de Metaeconomia e Tecnologias Emergentes da Avanade, Courtnay Guimarães, entre outros nomes.
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Papa Francisco faz alerta sobre IA
O Papa Francisco fez um alerta nesta terça-feira sobre as “possibilidades disruptivas e efeitos ambivalentes” da inteligência artificial (IA). O Pontífice incentivou a comunidade global a refletir sobre os perigos potenciais que pode gerar se seu uso não for direcionado de “maneira responsável”.
Francisco fez esse alerta em uma mensagem para o próximo Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, que cai no Ano Novo. Embora falte quase meio ano, é costume que o Vaticano transmita a mensagem com vários meses de antecedência.
A prévia sobre o tema do Ano Novo indica que a mais alta autoridade da Igreja Católica não se esquivará de um assunto que gera polêmica . É um tema que supõe um papel mais autônomo por parte da tecnologia, assumindo funções próprias. Aspectos que podem levar à substituição de humanos em determinados trabalhos, entre outros.
O Papa pediu um uso consciente da tecnologia:
“Lembre-se da necessidade de estar vigilante e trabalhar para que uma lógica de violência e discriminação não crie raízes na produção e uso de tais dispositivos, à custa dos mais frágeis e excluídos. A urgência de orientar o conceito e a utilização da inteligência artificial de forma responsável, para que esteja ao serviço da humanidade e da proteção da nossa casa comum, exige que a reflexão ética se estenda ao campo da educação e do direito”.
Segundo a declaração do Vaticano, “A proteção da dignidade da pessoa e o cuidado de uma fraternidade efetivamente aberta a toda a família humana são condições essenciais para que o desenvolvimento tecnológico contribua para a promoção da justiça e da paz no mundo”.
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