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Como a blockchain pode reinventar o terceiro setor em 2023?

3 mins
Por Shubham Pandey
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • As instituições de caridade podem se beneficiar da tecnologia blockchain - se a usarem de forma correta.
  • A tecnologia pode ajudar na responsabilidade e transparência das organizações sem fins lucrativos.
  • Blockchain continuará a expandir o que é atualmente possível no setor sem fins lucrativos, diz um relatório.
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Os setores de caridade e sem fins lucrativos estão adotando a blockchain como um meio de mostrar transparência e responsabilidade. No entanto, alguns começaram a expressar preocupação em relação a tecnologia.

As instituições de caridade estão relatando um número decrescente de pessoas dispostas a fazer doações, embora os valores arrecadados permaneçam estáveis à medida que os ricos doam mais. Portanto, a questão é como reverter essa tendência.

O BBB Wise Giving Alliance (Give.org), um avaliador de caridade baseado em padrões, realizou uma pesquisa com 2.000 pessoas. Elas foram questionadas se considerariam doar para uma instituição de caridade usando criptomoedas. 73% disseram que sim. Há muitas razões para isso – a principal são os benefícios fiscais.

Nos EUA, o Internal Revenue Service (IRS) considera cripto como estoque ou propriedade, e um doador pode deduzir o valor total sem pagar impostos sobre ganho de capital se doar diretamente em criptomoedas.

Ao não usar criptomoedas, perderiam o dinheiro em impostos e, assim, teriam que doar menos para as instituições de caridade.

Por que usar a blockchain?

A blockchain mostrou vários casos de uso no setor sem fins lucrativos. Em primeiro lugar, eles têm sido ferramentas financeiras eficazes para pagamentos transfronteiriços por meio de remessas e crowdfunding e redução de taxas de transação em pagamentos internacionais.

Organizações não governamentais (ONGs) usam cada vez mais a rede para identidade e direitos de propriedade, especialmente para refugiados que podem não ter muitos pertences.

Eles podem receber uma identidade na blockchain onde tudo é verificável, e cada uma das agências da ONU ou instituições de caridade tem acesso a essa blockchain. Eles podem distribuir os recursos do indivíduo ou rastrear os cuidados médicos necessários para essas pessoas.

Blockchain também pode atuar como um meio eficaz para o engajamento de doadores. Os contratos inteligentes podem permitir que os doadores acompanhem suas doações durante todo o processo. Eles também podem participar da votação e da tomada de decisões por meio de um sistema facilmente audível, editável, sempre transparente e inviolável.

Como a blockchain pode ajudar o setor sem fins lucrativos

Um relatório da Moralis dá uma ideia essencial sobre como a tecnologia pode fortalecer o setor sem fins lucrativos. De acordo com o relatório, a blockchain promove custos indiretos mais baixos, pois as organizações de caridade têm uma papelada pesada para compilar, registrar e administrar seus sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM).

No entanto, usar uma rede descentralizada eliminaria tais problemas. Outras vantagens incluem maior confiança do público e até mesmo um alcance mais amplo.

O relatório disse: “A transparência em organizações sem fins lucrativos é fundamental para o sucesso de uma organização no futuro. Ao aumentar a confiança no setor de caridade com blockchain, mais pessoas provavelmente doarão.”

Enquanto isso, a blockchain possui a vantagem de ser acessível em uma plataforma global, utilizando tecnologia de ponta. Blockchain no setor de caridade não apenas aumenta a responsabilidade e a transparência em organizações sem fins lucrativos, mas também as coloca na frente de pessoas prontas para doar. Isso também pode gerar um alcance mais amplo de doadores localizados em todo o mundo.

O dinheiro enviado também chega mais rápido aos necessitados. Do ponto de vista de um doador, enviar fundos de uma carteira é muito mais fácil do que uma conta bancária tradicional. Além disso, as transações são confirmadas em minutos. Por outro lado, uma grande doação por meio do sistema legado pode levar vários dias e estar sujeita a verificações regulatórias.

Várias instituições criptográficas também lançaram projetos para apoiar suas aspirações filantrópicas. O Pink Care Token (PCAT) é a primeira stablecoin emitida para o bem social na Binance Chain. O token foi introduzido como parte da campanha Period Poverty, criada em aliança com 47 outras empresas e organizações.

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Alguma questão a considerar?

Embora as criptomoedas e a blockchain tenham várias adições de valor óbvias ao setor sem fins lucrativos, a privacidade e a segurança continuam sendo desafios significativos.

Em julho de 2020, um jovem de 17 anos invadiu as contas do Twitter de várias figuras públicas, como Barack Obama, Elon Musk e Kanye West. Eles disseram que estavam retribuindo à sua comunidade e que todos os BTC enviados para um determinado endereço seriam duplicados e devolvidos. Milhares de pessoas caíram no golpe, levando a uma perda de dezenas de milhares de dólares.

Na frente de implementação, as instituições de caridade precisam se atualizar para receber doações em criptomoedas. Isso exigiria que um membro da equipe ou um grupo de funcionários familiarizados com o assunto assumissem o controle da operação.

Posteriormente, as etapas seriam acelerar o processo, gerenciar contas e carteiras e estabelecer protocolos para aceitar doações anônimas e verificar a autenticidade das fontes.

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Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
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