O cofundador do Ethereum (ETH) Vitalik Buterin trocou farpas com David Schwartz, diretor de tecnologia da Ripple Labs.
Tudo começou quando Buterin agradeceu a comunidade Ethereum por ir “contra regulamentos que privilegiam o ETH sobre outras criptomoedas legítimas”.
O desenvolvedor estava se referindo a diretrizes impostas por exchanges baseadas em Ontário, no Canadá, que visavam impor um limite de compra anual aos seus usuários. As normas definem que cada cliente pode investir o valor máximo de 30 mil dólares canadenses em altcoins, com compras maiores podendo ser feitas apenas em Ethereum, Litecoin (LTC) e Bitcoin Cash (BCH).
David Hoffman, fundador do Bankless.eth, respondeu o russo-canadense dizendo que ele não adotaria essa mesma posição solidária se apenas o XRP, token nativo da Ripple, estivesse sendo prejudicado.
Firme em sua resposta, o cofundador do Ethereum disse que “o XRP já perdeu seu direito à proteção quando eles tentaram nos jogar debaixo do ônibus como controlado pela China”. Buterin estava se referindo a um episódio em 2022, onde a Ripple tentou intitular o ETH e o Bitcoin (BTC) como ativos controlados pelo país asiático. Vale lembrar que na época a China era o maior polo de mineração de ambas as criptomoedas.
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David Schwartz contra-ataca
O CTO da Ripple não demorou para entrar no debate, dizendo que “o governo deveria punir projetos que não condizem com nossa narrativa parece uma boa marca para o ETH”. Além disso, Schwartz defendeu a ideia de que mineradores possuem grande influencia sobre os ativos, comparando-os com acionistas de grandes empresas.
“Assim como os acionistas do eBay ganham com o atrito residual entre compradores e vendedores que o eBay não remove, o mesmo acontece com os mineradores em ETH e BTC.”
De fato, grandes mineradores estão no topo da lista entre as baleias de criptomoedas, tendo grande influência na movimentação de preços desses ativos. Dados mostram que esses usuários passaram a liquidar posições que intensificaram o inverno cripto atual.
Porém, o cenário atual é bem diferente do visto em 2020, quando a Ripple teria insinuado que as duas maiores criptomoedas do mundo estão sujeitas ao governo chinês. O país asiático proibiu a mineração desses ativos no ano passado, fazendo os Estados Unidos se tornar o grande polo desta indústria.
Além disso, o Ethereum logo migrará o seu método de consenso de rede, deixando o PoW para aderir ao mecanismo de prova de participação (PoS). Com isso, seus mineradores atuais perderão seu poder de influência no projeto.
Em relação a discussão entre Buterin e o CTO da Ripple, o cofundador do Ethereum preferiu não responder a indagação de Schwartz se o debate deveria ser resolvido pelo mercado ou pelos governos.
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