Um dos cofundadores da exchange japonesa Mt. Gox, Mark Karpelès, diz que uma calculadora científica que comprou na prisão foi suficiente para preparar sua defesa. A lembrança surgiu depois que um juiz negou o pedido de Sam Bankman-Fried (SBF) para deixar a prisão para preparar uma defesa antes de seu julgamento em outubro.
O cofundador da Mt. Gox disse que usou uma calculadora científica e papel de carta básico para trabalhar na defesa contra alegações de peculato. Além disso ele afirmou que, na época, a calculadora científica era a ferramenta preferida para crimes relacionados à contabilidade e o ajudou a provar que a empresa ganhava mais do que gastava.
Leia mais: Sofri um golpe, e agora? Como agir em casos de fraude
Cofundador da Mt. Gox usou calculadora para preparar sua defesa
Karpelès disse todas as acusações de peculato não o condenaram “graças àquela pequena calculadora” e ao trabalho de sua defesa. Um veterano da indústria cripto, Jed McCaleb, criou a Mt. Gox em 2010 e transferiu o site para Karpelès em 2011.
“Gastei cerca de US$ 120 para comprar a melhor calculadora que eles tinham. Consegui encontrar cerca de US$ 5,5 milhões em receitas que não foram contabilizadas. A empresa ganhou mais do que gastou e, usando isso como base, meu advogado pressionou a promotoria a corrigir sua atuação”, disse Karpelès.
Sendo a maior exchange de Bitcoin da época, a Mt. Gox era frequentemente alvo de hackers. Em fevereiro de 2014, ela suspendeu os saques após perceber atividades suspeitas na carteira e mais tarde anunciou que perdeu centenas de milhares de BTC.
A exchange entrou com pedido de falência em um Tribunal Distrital de Tóquio. Ela foi condenada à liquidação em abril de 2014. Seu patrimônio está atualmente nas mãos do administrador Nobuaki Kobayashi, que pretende começar a pagar os credores em outubro.
Justiça negou liberdade a SBF para preparar defesa
O discurso de Karpelès surge ao mesmo tempo em que a preparação da defesa de Sam Bankman-Fried se desenrola. A justiça negou ao ex-chefe da FTX permissão para liberdade provisória antes do julgamento após intimidar duas testemunhas.
Os advogados argumentaram que Bankman-Fried precisava de uma velocidade de internet melhor para acessar o material necessário para sua defesa.
Os promotores alegaram que seu acesso diário a laptops e discos rígidos e seu acesso à Internet duas vezes por semana eram suficientes. O juiz concordou, negando o pedido de soltura.
Os promotores acusaram Bankman-Fried de múltiplas acusações de fraude e violações de financiamento de campanha depois que a FTX pediu falência em 2022. O ex-chefe da exchange será julgado em outubro.
- Não entendeu algum termo do universo Web3? Confira no nosso Glossário!
- Quer se manter atualizado em tudo o que é relevante no mundo cripto? O BeInCrypto tem uma comunidade no Telegram em que você pode ler em primeira mão as notícias relevantes e conversar com outros entusiastas em criptomoedas. Confira!
- Você também pode se juntar a nossas comunidades no Twitter (X), Instagram e Facebook.
Isenção de responsabilidade
Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.