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China: oficial do Partido Comunista ajudou mineradores a burlar banimento

2 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • Um secretário provincial do Partido Comunista Chinês se declarou culpado de acusações de abuso de poder e suborno envolvendo mineradores de criptomoedas.
  • Casos como esse destacaram a dificuldade enfrentada pelo Partido Comunista em fazer cumprir a proibição de criptomoedas do ano passado.
  • A China também está lançando uma plataforma colecionáveis digitais sem criptomoedas apoiada pelo Estado que comemora momentos marcantes na digitalização da cultura chinesa.
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O oficial do Partido Comunista Chinês, Xiao Yi, se declarou culpado de oferecer aos mineradores de Bitcoin subsídios financeiros e garantias de energia, apesar da mineração ser proibida no país.

De acordo com a agência de notícias estatal chinesa Xinwen Lianbo, Yi aceitou 125 milhões de yuans em subornos relacionados a projetos e ofertas de emprego e causou “pesadas perdas à propriedade pública” por meio de acordos ilegais com mineradores de Bitcoin.

As proibições do governo chinês não impedem os mineradores

De acordo com a reportagem, Xi se envolveu em abusos antiéticos de poder enquanto servia como secretário do Comitê Municipal de Fuzhou de Jiangxi. O tribunal foi suspenso e se reunirá novamente para a sentença de Yi em uma data não revelada.

O governo chinês baniu as atividades de mineração de criptomoedas em setembro de 2021 como parte de um esforço contínuo para alcançar a neutralidade de carbono até 2060. A moratória também afetou outras indústrias, incluindo fabricantes de talheres de plástico descartáveis e mineradoras de carvão.

Sob a proibição, os mineradores não podiam acessar legalmente a eletricidade ou os mercados de capitais, reduzindo efetivamente o hashrate chinês da noite para o dia. Muitos mineradores migraram para o oeste para explorar arranjos de energia baratos ou flexíveis no Texas, EUA, e em regiões europeias como a Abkházia, no Cáucaso.

Mas os dados do Cambridge Center for Alternative Finance revelaram um aumento constante na atividade de mineração e, em janeiro de 2022, a China representava mais de um quinto do hashrate total do Bitcoin.

Fonte: Cambridge Center for Alternative Finance

Embora não esteja claro como os mineradores acessaram as instalações e a eletricidade, o caso de Yi revela brechas na fiscalização que poderiam ter permitido que os mineradores passassem despercebidos pelo governo chinês. Após a proibição, um minerador disse que mudou as instalações para disfarçar o alto consumo de eletricidade inerente à mineração.

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China continua desenvolvendo infraestrutura anticripto

Embora o governo chinês seja contra criptomoedas privadas, ele investiu recursos substanciais para testar seu CBDC, o yuan digital. Ela registrou mais de 100 bilhões de yuans (US$ 13,9 bilhões) em volume de transações em 31 de agosto de 2022.

Os entusiastas das criptomoedas há muito criticam os CBDCs por serem ferramentas de vigilância de governos autoritários como os da China e da Turquia. O Banco Central da Turquia anunciou recentemente sua primeira transação com a lira digital. Ele também agrupará identidades digitais em seu CBDC, o que alguns acreditam pode ser um passo em direção a um estado mais autoritário.

Na terça-feira (27), o China Daily relatou o lançamento de uma plataforma colecionável digital não criptografado apoiado pelo estado chamado “Plataforma de negociação de ativos digitais da China”. O marketplace foi lançado em parceria com o China Technology Exchange, o China Cultural Relics Exchange Center e o Huaban Digital Copyright Service Center Co., Ltd.

O marketplace irá “promover o compartilhamento das conquistas da digitalização cultural chinesa”. A nova plataforma será executada em um blockchain sancionado pelo estado chamada “China Cultural Protection Chain”. Esta rede é supostamente considerada “a única plataforma confiável de seguro depositário para ativos digitais negociáveis”.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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