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Chia lança token de eficiência energética; saiba como funciona

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Atualizado por Paulo Alves

EM RESUMO

  • A rede Chia lançou moeda digital (XCH).
  • Chialisp e Prova de Espaço e Tempo oferecem soluções ecológicas e seguras.
  • O lançamento vem na esteira de um debate desgastante entre o criptomercado e o meio ambiente.
  • promo

A Chia Network, que se concentra como uma blockchain de eficiência energética, lançou sua nova moeda digital, Chia (XCH). Seu objetivo é tornar a mineração acessível a todos e de forma menos prejudicial ao meio ambiente.

Uma rede com objetivos sustentáveis

A Chia foi fundada em 2017 pelo inventor da rede BitTorrent, Bram Cohen. Sua função principal no criptomercado é como uma blockchain e plataforma de transação inteligente, com um diferencial. A rede visa adotar uma abordagem ecologicamente correta para a funcionalidade da sua rede, ao mesmo tempo em que promove descentralização, eficiência e segurança constantes para os seus usuários.

Este ano tem sido crucial para que a rede comece a entregar seus ideais ecológicos. Em março, a Chia lançou sua rede principal de farm, que é a versão analógica e ecológica de sua mineração.

No dia 3 de maio, a rede atingiu outro importante marco. Ela possibilitou transações de “moeda inteligente” com o lançamento de sua moeda digital verde, a Chia (XCH), ao lado de sua linguagem de programação Chialisp.

Ela está apresentando novas abordagens sobre velhas ideias, ao implementar “o primeiro novo algoritmo de consenso desde o Bitcoin em 2008.”

XCH e Chialisp

A rede Chia criou sua moeda nativa a partir da crença de que “as criptomoedas deveriam ser mais fáceis de usar do que o dinheiro, mais difícil de se perder e quase impossível de serem roubadas”. Desse modo, a moeda foi desenvolvida para recompensar os usuários que fazem o farm na sua blockchain.

O protocolo Chia é um uso aprimorado, porém menos complicado, do sistema de saída de transação não gasta (UTXO) do BItcoin (BTC), com a promessa e oferecer recursos melhorados. Como ‘farmer‘, pode-se ganhar duas XCH por bloco durante os primeiros três anos.

De acordo com o projeto, nos dias que antecederam o lançamento da moeda Chia, a rede chegou como a “blockchain maior e mais descentralizada em contagem total de nós – excedendo 100.000 nós completos”.

A rede opera com sua nova linguagem de “moeda inteligente” chamada Chialisp. Ao contrário de outras blockchain anteriores, tudo na rede Chia é uma moeda.

Com a “moeda inteligente”, que oferece um pacote de contratos inteligentes e recursos de transação inteligentes, tudo em um. Por meio do Chialisp, os aplicativos da rede podem funcionar para operações bancárias, pagamentos, desembolso de ativos e câmbio. Suas principais características incluem:

  • Moedas coloridas
  • Carteiras de identidade digital
  • Classificação limitada de carteiras
  • Autorização de carteiras de beneficiários
  • Carteiras com multiplas assinaturas
  • Recuperação de carteiras
  • Trocas atômicas

A exchange de derivativos cripto ACDX é a primeira a lançar uma opção de negociação para esses novos tokens Chia (XCH).

Meio ambiente em jogo

O mercado cripto nunca tira um dia de folga. As coisas evoluem constantemente e em um ritmo rápido. Redes legadas agora veem problemas que se originam de como elas sempre souberam operar.

A principal questão é o impacto ambiental relacionado à eficiência energética e produtos de hardware de uso único no processo de mineração.

O consumo atual de energia do Bitcoin é de 95,45 TWh, enquanto o seu impacto anual de CO2 é de 45,34 toneladas métricas (mt). Esses números são comparáveis aos das principais cidades globais, como Hong Kong.

Nesta semana, surgiram notícias de que a Tesla suspendeu os pagamentos em Bitcoin. Elon Musk citou a causa dessa decisão como os custos ambientais do ativo, ou seja, seu alto consumo de energia.

Ele observou que o Bitcoin continuaria a ser aceito, uma vez que funcionasse com energia renovável. Caso contrário, a empresa estará buscando criptomoedas que operem com menos de 1% da energia de transação da principal criptomoeda.

Nesse sentido, as operações de mineração de Bitcoin da usina de energia Greenidge, administrada pela Atlas Holdings, estão levantando sérias preocupações ambientais sobre a quantidade de energia consumida.

O seu modelo de prova de trabalho (POW) parece não funcionar bem para o meio ambiente. Alguns estão tentando navegar por isso migrando para um modelo de prova de participação (PoS), como a Ripple (XRP) e a Cardano (ADA). Outros estão avançando a taxas astronômicas e insustentáveis de mudança climática. É aí que entra Chia.

Prova de Espaço e Tempo da Chia

A Chia pode definir o cenário para uma nova onda de mudança de desenvolvimento dentro do mundo cripto com o seu novo protocolo de consenso. A “prova de espaço e tempo” da rede é a primeira desse tipo. Ela reduz a desigualdade no farm (mineração), a ineficiência energética e aborda a centralização do protocolo de prova de trabalho (POW).

Para que a Prova de Espaço e Tempo funcione, ela depende de uma combinação de espaço de armazenamento e tempo, uma “função de atraso verificável” (VDF) para cumprir suas promessas de segurança e eficiência.

De acordo com a empresa, aqueles que fazem farm na blockchain precisarão “gastar alguns ciclos de CPU para criar ‘plotagens’ nos discos rígidos, mas usarão o recurso de eficiência energética do espaço do disco nos próximos anos para participar do mecanismo de consenso que verifica novos blocos na blockchain Chia. ”

Essa ideia tem o potencial de reduzir os altos custos de eletricidade que os protocolos tradicionais obtêm. O armazenamento de Prova de Espaço e Tempo também permitiria aos agricultores (mineradores) validar as transações sem hardware de uso único.

Os desenvolvimentos ecológicos e Chia são novos no mercado de criptoativos e blockchain, embora sejam muito necessários. Resta saber se seu protocolo pode ser implementado da maneira que é pretendida, ao mesmo tempo que atrai futuros participantes do farm e desenvolvedores para a sua rede.

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Savannah Fortis
Savannah Fortis é uma jornalista multimídia que cobre histórias na interseção entre cultura, relações internacionais e tecnologia. Por meio de suas viagens, ela foi apresentada à comunidade cripto em 2017 e tem interagido com o setor desde então.
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