O Bitcoin do Atlas Quantum também não é suficiente para pagar aos ex-funcionários. O relato de uma colaboradora da empresa mostra que existem salários atrasados há três meses. Para piorar, rescisões ainda esperam por pagamentos desde que demissões em massa começaram a acontecer no Atlas Quantum.
Para a ex-funcionária da plataforma de arbitragem em Bitcoin, a “única chance é tentar receber pela justiça”. Esse é o sentimento de uma colaboradora que assim como outros centenas que foram demitidos, acreditaram na empresa.
Sem saber quando o Atlas Quantum vai pagar, Giovana* não sabe como receberá por sua dedicação ao negócio criado por Rodrigo Marques. A antiga colaboradora da companhia foi desligada junto com outras centenas de pessoas que deixaram de trabalhar no Atlas Quantum nos últimos meses.
Três meses sem receber de empresa de Bitcoin
Giovana já procurou a justiça em busca de resolver sua situação perante o negócio que atua com a arbitragem em Bitcoin. A jovem acreditou na seriedade da empresa e atualmente espera para receber mais de R$ 10 mil de Rodrigo Marques. Esta é a dívida com a ex-colaboradora Giovana que conta que foi desligada da empresa de forma repentina. Ela explica que as demissões em massa aconteceram em blocos. Tudo começou com diretores deixando o esquema, ainda no início dos atrasos com pagamentos de Bitcoin.“As demissões ocorreram em 4 blocos: primeiro foram os diretores, e segundo cerca de 100 pessoas de diversos setores.”Giovana deixou o Atlas Quantum na última demissão em massa anunciada pelo próprio Rodrigo Marques. Em uma reunião surpresa, o último grupo de funcionários foram demitidos um dia antes do pagamento acontecer. Ou seja, a maioria deixou a empresa sem receber nada.
“A maioria não recebeu nada e não temos previsão para receber nossas rescisões. Muitas pessoas estão com ‘nome sujo’ e outras literalmente estavam pagando para trabalhar e saíram com ‘uma mão na frente e outra atrás.’”
Nem FGTS, nem 13º salário do Atlas Quantum
A situação dos ex-funcionários do Atlas Quantum é de abandono total. O relato de Giovana ilustra que a empresa não cumpriu com as leis trabalhistas. A jovem que trabalhava no atendimento do Atlas Quantum explica que nem mesmo o FGTS foi pago de forma correta pela companhia. Sendo assim, existem até parcelas em atraso atualmente.“Não recebi rescisão, meu FGTS está com parcelas atrasadas porque eles não pagaram”
“Fui acreditando que era algo inovador” com Bitcoin
O Atlas Quantum atraiu clientes e funcionários empenhados com o negócios. Assim como investidores foram persuadidos com os números da companhia, antigos colaboradores relatam que acreditavam veemente naquilo. Com lucros diários com operações envolvendo a compra e venda de Bitcoin, não foi difícil para o Atlas Quantum conquistar tantas pessoas assim.“Quando entrei no Atlas fui acreditando que era algo inovador que beneficiaria muitas pessoas. E tudo em volta nos fazia acreditar nisso.”Nem mesmo a CVM poderia mudar a visão de pessoas que acreditavam no Atlas Quantum e “vestiam a camisa”. Quando a comissão notificou a companhia muitos colaboradores desconfiaram da autarquia e não do esquema que operava com Bitcoin.
“Até mesmo quando a CVM vetou a publicidade do Quantum acreditamos cegamente que era algo injusto.”Assim como Giovana existem outras centenas de ex-funcionários do Atlas Quantum esperando para receber alguma coisa. Ela conta que já procurou a justiça em busca de receber por aquilo que é seu. Isso sem mencionar que, assim como os clientes, Giovana espera por uma fração de Bitcoin que está presa no Atlas Quantum. *Giovana é o nome fictício utilizado para representar a entrevistada que preferiu não se identificar O que você achou da ex-funcionária do Atlas Quantum que espera para receber sua rescisão contratual? Comente sobre a entrevista exclusiva para o BeInCrypto e compartilhe no Twitter.
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Paulo José
Jornalista apaixonado pelo universo das criptomoedas e seu enorme impacto na sociedade. Conheceu o Bitcoin em 2013 sem saber que a criptomoeda tomaria conta de sua vida anos mais tarde. Já trabalhou em outros portais de notícias sobre criptomoedas, sendo que atualmente é um dos colaboradores do BeInCrypto.
Jornalista apaixonado pelo universo das criptomoedas e seu enorme impacto na sociedade. Conheceu o Bitcoin em 2013 sem saber que a criptomoeda tomaria conta de sua vida anos mais tarde. Já trabalhou em outros portais de notícias sobre criptomoedas, sendo que atualmente é um dos colaboradores do BeInCrypto.
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