Andreas Szakacs, CEO da OmegaPro, foi preso em Istambul, na Turquia. A empresa, acusada de movimentar US$ 4 bilhões em uma fraude envolvendo criptomoedas, usava celebridades como Ronaldinho Gaúcho para atrair as vítimas.
Segundo o jornal turco BirGün, Szakacs operava sob o nome de Emre Avci desde que obteve a cidadania turca, numa tentativa de ocultar sua verdadeira identidade.
A polícia local detectou que o CEO da OmegaPro movimentou mais de US$ 800 milhões em criptomoedas em apenas um mês. Mesmo detido, o empresário se recusou a dar as chaves das suas carteiras cripto.
SponsoredO esquema da OmegaPro
A OmegaPro operava em diversos países, tendo representantes na Colômbia, México, Hong Kong, França e Argentina. Segundo as investigações, a empresa realizava cerimônias falsas para dar credibilidade ao seu esquema de pirâmide. Também espalhavam artigos e capas falsas de veículos de mídia de prestígio, como a Forbes, para atrair e enganar novos investidores.
No entanto, foi no mundo esportivo que a empresa conseguiu alavancar os seus resultados. Nos últimos anos, a OmegaPro realizou diversos eventos e patrocinou corridas automobilísticas.
Na indústria do futebol, realizou torneios em Dubai e no Panamá, com a presença de estrelas como Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Iker Casillas e Steven Seagal. Gaúcho, que foi apresentado como embaixador da OmegaPro, aparece em um vídeo ao lado de Szakacs.
Estima-se que a empresa conseguiu lesar mais de 3 milhões de investidores ao redor do mundo nos seus 2 anos e meio de operação.
O envolvimento de celebridades no esquema, mesmo que de forma indireta, gera ainda mais questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em promover produtos e serviços financeiros. Vale lembrar que, nos EUA, diversos famosos estão sendo processados por divulgar a FTX antes da exchange colapsar.
Por fim, o caso OmegaPro serve como um alerta sobre os riscos associados a investimentos que prometem retornos rápidos e elevados, especialmente em um mercado tão volátil quanto o das criptomoedas.