A equipe responsável pela Celsius Network (CEL) desmentiu os boatos de que o CEO do projeto, Alex Mashinsky, havia tentado deixar os Estados Unidos.
Rumores de que o CEO da plataforma de empréstimos cripto, que tem sido destaque devido a sua crise de liquidez, foi impedido por autoridades locais de deixar o país comeram a circular na segunda-feira (27).
As alegações logo repercutiram nas redes sociais, com usuários acreditando que isso seria um sinal de que alguma fraude envolvendo a Celsius teria ocorrido, ou então que a sua equipe não seria capaz de dar a volta por cima e liberar novamente os saques de sua comunidade. Visando acabar com esses boatos, a equipe responsável pelo projeto disse ao CryptoPotato:
“Consistente com nossas mensagens anteriores, todos os funcionários da Celsius – incluindo nosso CEO – estão focados e trabalhando duro em um esforço para estabilizar a liquidez e as operações. Para esse fim, quaisquer relatos de que o CEO da Celsius tenha tentado deixar os EUA são falsos”.
Os riscos que a Celsius oferece para o mercado cripto
A Celsius era considerada um dos grandes casos de sucesso do mercado cripto, oferecendo a chance de usuários ganharem rendimentos com os seus ativos antes mesmo da popularização das atividades de staking e yield farming. Com bilhões sob gestão e sendo a lider do setor CeFi – modelo semelhante ao visto nas finanças descentralizadas (DeFi), mas onde há um intermediário entre os usuários – Mashinsky chegou a dizer que “ninguém pode vencer Celsius.”
Porém, parece que a chegada do inverno cripto mostrou que a plataforma não era tão invencível assim. A Celsius ficou muito próxima de ver diversos de seus empréstimos serem liquidados devido a queda de preço do Bitcoin (BTC), algo que praticamente decretaria a sua falência. Felizmente, a empresa conseguiu novas margens, mas parece estar longe de superar a crise em que se meteu.
Um eventual colapso da plataforma não seria prejudicial apenas para a sua comunidade, mas sim para todo o mercado cripto. Isso se deve pelo fato da empresa ainda ser uma das maiores credoras deste setor, e caso ela precise liquidar seus ativos, uma grande pressão de venda seria vista, causando quedas de preços ainda maiores nas principais criptomoedas. Isso poderia gerar um efeito dominó, com outros protocolos de empréstimos também enfrentando crises de liquidez.
Um evento dessa magnitude ainda aumentaria a intervenção dos principais órgãos reguladores nesta indústria. Vale lembrar que o recente colapso do ecossistema Terra (LUNA) intensificou as atividades de diversas agências reguladores na busca de maiores diretrizes para o mercado de criptomoedas.
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