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‘Celsius está profundamente insolvente’, diz regulador dos EUA

3 mins
Atualizado por Anderson Mendes

EM RESUMO

  • O Departamento de Regulação Financeira de Vermont (DFR) emitiu um alerta para os investidores em relação a Celsius.
  • Declarações da empresa e de seu CEO são falsas, segundo o regulador financeiro.
  • Celsius recusou um financiamento bilionário, preferindo manter seus registros financeiros ocultos.
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O Departamento de Regulação Financeira de Vermont (DFR), nos Estados Unidos, aconselhou os investidores do estado dos EUA a terem cautela em relação a Celsius Network (CEL).

Segundo o órgão regulador, grande parte dos ativos sob posse do protocolo de empréstimos cripto não possuem liquidez. Para o DFR, a empresa está “profundamente insolvente”, com a chance de conseguir pagar suas dívidas e normalizar suas operações sendo extremamente baixas.

O alerta é mais um balde de água fria para a grande comunidade do protocolo, que está há um mês impossibilitada de retirar seus fundos depositados. No dia 13 de junho, a equipe responsável pela Celsius informou seus clientes que a suspensão de suas atividades foi tomada “para honrar, ao longo do tempo, suas obrigações de saques”.

Declarações são falsas, alerta o DFR

Segundo o regulador financeiro de Vermont, todas as declarações feitas pela Celsius e seu CEO, Alex Mashinsky, de que os fundos de seus clientes estão em segurança e que a empresa será capaz de cumprir suas obrigações financeiras são “falsas”. De acordo com a autarquia, a empresa se envolveu em diversas negociações e empréstimos de alto risco, que foram prejudicadas durante as fortes quedas vistas no mercado nos últimos meses.

Isso vai de acordo com um relatório que afirma que o protocolo de empréstimos perdeu US$ 350 milhões de seus clientes em operações alavancadas nos últimos meses. O DFR ainda observa que a empresa “está envolvida em uma oferta de títulos não registrados, oferecendo contas de juros de criptomoedas para investidores de varejo”.

O órgão regulador enfatiza que a Celsius “não possui uma licença de transmissor de dinheiro. Isso significa que, até recentemente, a Celsius operava em grande parte sem supervisão regulatória”.

Com sede em Nova Jersey, a Celsius não está enfrentando problemas apenas no estado de Vermont. Reguladores financeiros de outros estados dos EUA, incluindo Alabama, Texas e Washington, também estão investigando as recentes ações da empresa.

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Celsius nega assistência de US$ 6 bilhões

Em entrevista cedida a Anders Larsson na terça-feira (12), Simon Dixon, atual CEO da comunidade de investimentos BnkToTheFuture, disse que a Celsius perdeu uma assistência de liquidez que poderia chegar a US$ 6 bilhões ao se recusar a mostrar seus registros financeiros.

Dixon comenta que aconselhou a equipe responsável pelo protocolo a aceitar a oferta e fazer como a Voyager Digital, plataforma de negociações e empréstimos cripto que pediu falência recentemente, conseguindo com isso minimizar as perdas de seus clientes e se reestruturar. Apesar disso, a Celsius preferiu manter sua confidencialidade ao invés de uma estabilidade financeira, o que aumentou ainda mais a desconfiança do mercado sobre as suas ações.

De fato, muitos questionam como o protocolo de empréstimos tem conseguido capital para pagar pelos seus empréstimos. A dívida que a empresa tinha com a Aave (AAVE) caiu de US$ 90 milhões para menos de US$ 8,5 milhões nesta semana, conseguindo com isso recuperar cerca de 400 mil stETH depositados como garantia. Anteriormente, cerca de US$ 440 milhões foram pagos para a Maker.

Com isso, a Celsius conseguiu aumentar significativamente suas margens de liquidação, que quase foram ativadas e colocaram a empresa a beira da falência quando o Bitcoin (BTC) caiu abaixo de US$ 20.000 pela primeira vez no ano.

Atualmente, o protocolo possui, além da dívida restante com a Aave, uma pendência de cerca de US$ 50 milhões com a Compound (COMP), que quando paga, podem devolver um monte de mais de US$ 220 milhões. Porém, a empresa continua não dando estimativas de quando seus usuários poderão sacar seus fundos novamente.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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