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Candidato da Argentina quer minerar criptomoedas com gás

2 Min.
Atualizado por Júlia V. Kurtz

Resumo

  • Candidato estuda usar o gás da Vaca Muerta, uma formação geológia de 30.000 km².
  • Proposta foi discutida com especialista em criptomoedas.
  • Objetivo é usar Bitcoin (BTC) para melhorar as reservas do Banco Central.
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O ministro da Economia e candidato à presidência da Argentina, Sergio Massa, quer minerar criptomoedas usando energia de gás da principal jazida de hidrocarbonetos não convencionais do país.

A formação geológica, de xisto, se chama “Vaca Muerta”, e está na bacia de Neuquén. A área da jazida é de 30.000 km², envolvendo as províncias de Neuquén, Río Negro, La Pampa e Mendoza.

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Massa tratou do assunto em reunião com o especialista em criptomoedas e blockchain Santiago Siri. O objetivo do projeto é que o dinheiro resultante seja enviado para as reservas do Banco Central (BCRA).

O enclave despertou o interesse na empresa de petróleo e gás Tecpetrol, que também tem planos para a mineração de criptomoedas.

Sergio Massa quer aprofundar a mineração de criptomoedas na Argentina

Do encontro entre Massa e Siri surgiu a conclusão de que haverá uma tentativa de aproveitamento do gás residual proveniente da produção de petróleo. Com esse material, eles buscarão trabalhar na mineração de criptomoedas.

Em termos políticos, o ministro da Economia considerou que seria mais um passo no salto para uma transição energética, algo que entende como um desafio global:

“Gosto de Vaca Muerta porque combina redução de emissões de carbono e tecnologia. Tem todo o capital simbólico do que a Argentina precisa para os próximos anos”, disse.

A reunião foi considerada um passo preliminar para o avanço dos fatos. Esta não é sua primeira fala de Massa sobre criptomoedas. Há quase um ano, ele recebeu líderes do setor, entre os quais a cofundadora e CEO do BeInCrypto, Alena Afanaseva.

“Tivemos uma reunião positiva com o ministro para propor como a Argentina poderia se tornar uma república pró-Bitcoin, onde podemos usar, por exemplo, o gás da Vaca Muerta para minerar. A Argentina poderia facilmente incorporar o Bitcoin aos cofres públicos do Estado e ajudar as finanças do país de forma soberana”, disse Santiago Siri.

O fundador da Democracy Earth considerou que existe um contexto governamental pró-Bitcoin:

“Há interesse em levantar a ideia do Bitcoin e das criptomoedas como um salto para o futuro, talvez em contraste com outras propostas que tenham mais a ver com o passado do país. Propor também uma reformulação da nossa economia utilizando ferramentas do capitalismo tecnológico nacional”.

Massa quer fortalecer Banco Central

A mineração de criptomoedas é uma das variantes que o Governo da Argentina está analisando para impulsionar o crescimento das reservas. Em outubro, o Banco Central do país perdeu mais de US$ 20 bilhões.

O efeito causado pela seca nas exportações teve um papel central neste resultado, mas a utilização de moeda estrangeira para intervir no mercado cambial também foi importante.

A autoridade monetária na Argentina tem reservas brutas de US$ 24,5 milhões, número que será ainda menor quando, na próxima semana, pagar os vencimentos com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Se isso acontecer, será o pior número registrado em 20 anos.

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Júlia V. Kurtz
Editora do BeInCrypto Brasil, a jornalista é especializada em dados e participa ativamente da comunidade de Criptoativos, Web3 e NFTs. Formada pelo Knight Center for Journalism in the Americas da Universidade do Texas, possui mais de 10 anos de experiência na cobertura de tecnologia, tendo passado por veículos como Globo, Gazeta do Povo e UOL.
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