Utilizando um poder total de 9.8 petahashes por segundo (PH/s) um brasileiro ganhou destaque mundial da comunidade do Bitcoin ao quebrar um bloco solo em apenas 25 dias.
Normalmente mais de 99% dos mineradores realizam a mineração em um pool, quebram o bloco e dividem a recompensa. Neste caso, o minerador realizou o processo sozinho. Ou seja, o termo pool é justamente isso, é uma piscina onde várias pessoas se juntam. E com esse poder agregado é possível “quebrar” ou resolver a equação de vários blocos. Isso é a mineração comum.
Brasileiro realiza feito raro ao “quebrar” bloco do Bitcoin sozinho
O minerador brasileiro usou a infraestrutura e suporte da Level Miner, que promete uma operação eficiente, segura e sobretudo com energia limpa. Ele precisou de 67 máquinas Bitmain Antminer S19K PRO 120Th e 5 Bitmain Antminer T21 190Th. São principalmente, equipamentos de alto desempenho que trabalharam incessantemente para resolver os cálculos complexos necessários para validar transações na blockchain do Bitcoin.
A mineração solo de Bitcoin é uma atividade rara e desafiadora, devido à crescente dificuldade da rede e principalmente à alta competição global. Com a rede Bitcoin atualmente operando em cerca de 660 exahashes por segundo (EH/s), o minerador da Level Miner, utilizando 9.8 PH/s, estava competindo com uma fração mínima – cerca de 0.0015% do poder total da rede.
Ainda assim, a operação conseguiu quebrar um bloco em apenas 25 dias, conquistando uma recompensa de 3,125 BTC, além das taxas de transação associadas.
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Desafios e potencial da mineração no Brasil
Apesar das condições adversas para mineração no Brasil, como os custos de energia relativamente elevados comparados a países como Paraguai e Estados Unidos, a Level Miner acredita que o setor tem potencial para crescer.
A mineração de Bitcoin é uma atividade que consome muita energia para funcionar, por isso mineradores de Bitcoin sempre procuram países em que a energia seja barata e acessível. O Brasil, apesar de não possuir uma energia tão cara, acaba ficando atrás de outros países onde a vantagem competitiva é maior, explica o embaixador da Level Miner, Carlos Augusto,
A competitividade no setor de mineração está fortemente ligada ao custo de produção de um Bitcoin. No entanto, essa realidade está mudando com o avanço tecnológico e o acesso a novas fontes de produção de energia.
Mineradora usa mini central hidrelétrica
Com uma estrutura e suporte técnico 24×7 a mineradora usa uma PCH, Pequena Central Hidrelétrica, para gerar energia limpa e mais acessível. Na prática, funciona como uma usina hidrelétrica de pequeno porte, que usa a força da água para gerar energia elétrica entre 5MW e 30MW.
Para Augusto, essa abordagem permite que mineradores, tanto grandes quanto pequenos, possam ter sucesso mesmo em um cenário competitivo
Relevância e impacto na comunidade de mineração
O evento é relevante para a comunidade de mineração de Bitcoin por diversos motivos, explica o embaixador da Level Miner.
1. Raridade do feito: Minerar um bloco solo com apenas 9.8 PH/s é extremamente raro e se deve a uma combinação de estratégia, planejamento eficiente e sorte. Muitos mineradores solo podem operar por anos sem encontrar um único bloco.
2. Descentralização da rede Bitcoin: A conquista demonstra a possibilidade de sucesso para mineradores solo, destacando a importância de manter a descentralização da rede, mostrando que é possível que operadores independentes validem blocos.
3. Inspiração para pequenos mineradores: A quebra de um bloco solo serve como motivação para pequenos mineradores que acreditam na possibilidade de competir fora dos grandes pools de mineração, mostrando que, embora raro, o sucesso é possível.
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4. Eficiência operacional: A utilização das máquinas Bitmain Antminer S19K PRO e T21 possibilitou à operação da Level Miner alcançar um equilíbrio entre alta capacidade de hashing e controle de custos, mostrando que planejamento estratégico e escolha de equipamentos adequados são cruciais para o sucesso na mineração.
Com esse marco, a Level Miner demonstra que, mesmo diante dos desafios, a mineração solo pode ser uma atividade lucrativa e sustentável no Brasil, inspirando pequenos e médios mineradores a explorar essa alternativa e contribuindo para a descentralização da rede Bitcoin, concluí Carlos.
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