O CEO da BlackRock, Larry Fink, classificou o Bitcoin (BTC) como uma classe de ativos distinta. Apoiando essa crença, o gigante da gestão de ativos lançou uma campanha internacional voltada para parceiros institucionais e impulsionar a adoção mainstream da criptomoeda.
O preço do Bitcoin continua sua trajetória ascendente, ultrapassando assim a marca de US$ 65 mil na segunda-feira (14).
BlackRock defende campanha de adoção do Bitcoin
Larry Fink fez os comentários durante o relatório de ganhos do terceiro trimestre da empresa, indicando principalmente que a BlackRock está envolvendo instituições globalmente sobre ativos digitais. Especificamente, a discussão se concentra na alocação de ativos para o Bitcoin, considerando-o como uma alternativa a commodities como o ouro.
Além disso, no relatório de ganhos, Larry Fink observou que a expansão do Bitcoin não é uma função de regulação ou quem se torna o próximo presidente dos EUA. Na verdade, a liquidez e a transparência são os impulsionadores, com o ex-cético do Bitcoin pedindo análises aprimoradas e maior aceitação dos investidores.
Com isso, Fink sugeriu que o Bitcoin e as criptos, em geral, são semelhantes a outros novos produtos financeiros, que, apesar de estagnarem, acabam alcançando escala.
A perspectiva de Larry Fink sobre o Bitcoin marca uma transformação notável, considerando que ele era um cético notório do BTC. Como o CEO da JPMorgan, Jamie Dimon, o executivo da BlackRock tem um histórico de colocar o BTC como um ativo especulativo e potencialmente perigoso.
No entanto, as afirmações de Fink podem representar um sentimento geral entre os gestores da BlackRock. O chefe de ativos digitais da empresa, Robbie Mitchnick, recentemente disse que o Bitcoin é um refúgio seguro e fundamentalmente um ativo de risco reduzido.
Mitchnick expressou, aliás, que o Bitcoin não está atrelado à saúde econômica ou políticas de nenhum país específico, acrescentando que sua escassez o torna imune aos riscos usuais de desvalorização da moeda e turbulência política.
No início deste mês, outro executivo da BlackRock, Jay Jacobs, disse que há muito espaço para a adoção do Bitcoin. O chefe dos ETFs Temáticos e Ativos dos EUA estimou que o Bitcoin crescerá para um mercado de US$ 30 trilhões nos próximos anos.
ETF de Bitcoin da BlackRock dispara para US$ 23 bilhões
Durante a teleconferência de resultados, o CEO da BlackRock, Larry Fink, revelou que o ETF IBIT da empresa disparou para um mercado de US$ 23 bilhões em apenas nove meses. Lançado em 11 de janeiro, o ETF oferece aos investidores institucionais acesso indireto ao Bitcoin. Este período foi marcado por sucessos significativos, com o fundo atraindo bilhões em investimentos e quebrando recordes de volume de negociação.
… e continuaremos a inovar em novos produtos para tornar o investimento mais fácil e acessível”, adicionou Fink.
O IBIT da BlackRock é líder de mercado no espaço de ETFs de Bitcoin nos EUA. Ele gerencia quase 370.000 BTC, emergindo como um dos maiores detentores de Bitcoin. O IBIT já superou as reservas de Bitcoin da MicroStrategy e agora só fica atrás de Satoshi Nakamoto e da Binance. Dados da Arkham mostram que o estoque de Bitcoin da BlackRock vale US$ 25,35 bilhões.
À medida que a BlackRock e outros emissores de ETFs de cripto continuam oferecendo acesso institucional ao Bitcoin, preocupações sobre riscos de custódia surgiram. Críticos também temem sobretudo, que o aumento da adoção institucional possa minar os princípios fundamentais do Bitcoin.
A criptomoeda foi projetada para descentralizar o poder financeiro, mas com o controle institucional crescendo, alguns se preocupam que isso possa deslocar a influência de volta para as mesmas entidades que o Bitcoin pretendia contornar.
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