Com expectativa de receber cerca de 1.500 pessoas durante o final de semana, a 3ª edição do BitSampa traz ao palco temas como usabilidade, adoção em massa e segurança na web3.
Logo na abertura o CEO da 2Go, Cyllas Elia falou sobre os desafios bancários em transações financeiras com uso da blockchain. A usabilidade é a grande barreira para o executivo.
“Existe uma grande barreira no mundo financeiro para aumentar o uso da blockchain em transações financeiras, a qual é a usabilidade. Um bom exemplo é o pix do Banco Central, que teve uma adoção absurda porque é simples. O uso de uma carteira não é simples como parece. Não é fácil guardar chaves privadas e custodiar o próprio dinheiro. Acredito que ainda haverá muita evolução nos modelos de smart contracts.”, finaliza Cyllas.
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Adoção em massa precisa de simplicidade
Orlando Telles, formado em Ciências Atuariais pela USP – curso de análise e mensuração para gestão de risco, explica que a “Escalabilidade e a questão do próprio UX (experiência do usuário) são temas que todos sempre vão bater na tecla, mas são assuntos que podemos resolver com recursos financeiros e capital intelectual.
Entretanto, para mim, o grande dilema que trará a cripto para o mainstream ou não será a partir de uma boa infra estrutura e experiência do usuário. Só assim vamos construir soluções reais para o mundo com a blockchain – é preciso criar usos reais, caso contrário, cripto não será adotado.”
Um bom exemplo é o pix e o futuro Real Digital – tecnologia que usa blockchain e gera de fato mais eficiência do meio de pagamento. A CBDC brasileira será um dos projetos que com certeza contribui para adoção na minha opinião, concluí Telles que faz uma palestra neste domingo, no palco Bitcoin.
Cripto precisa ser fácil
O educador, criptólogo e tecnofilósofo CastaCrypto falou com o BeInCrypto sobre o atual momento da Web3. Ele explica que para uma tecnologia ser amplamente adotada, precisa de pelo menos duas coisas:
“Uma mínima facilidade de uso e uma massiva necessidade por parte das pessoas. Enquanto o cripto não resolver as dores do dia a dia das pessoas, não importa o seu grau de usabilidade, assim foi com grande parte das revoluções tecnológicas disruptivas, como, por exemplo, a prensa impressa e a internet, detalha.
Então qual a dor que a Blockchain resolve? Para o professor, “É a dor de que nossos processos de confiança requerem a centralização e o acúmulo de poder nas partes que deveriam garantir a confiança. Um bom exemplo são serviços de cartório e o sistema bancário. Historicamente quando o poder é acumulado nas mãos de uma pequena quantidade de pessoas, nós criamos incentivos econômicos para corrupção, onde aqueles que nós deveríamos confiar, abusam dos seus recursos em benefício próprio.
O que a Blockchain propõe, fundamentalmente é a criação de processos de confiança sem a necessidade da concentração de poder na mão dos intermediários ou processos de confiança descentralizados. Essa é a dor que nós estamos resolvendo, explicou CastaCrypto.
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