A posse de Bitcoin na América Latina está vivenciando um momento histórico. O relatório Bitso Crypto Panorama 2025 revela que 54% das carteiras na região possuem a principal criptomoeda, consolidando seu papel como um ativo digital de refúgio seguro.
A ascensão das stablecoins e o crescimento de altcoins como Ethereum, XRP, Solana e Avalanche complementam o cenário, mostrando uma diversificação que fortalece o ecossistema cripto regional. Com esses dados, o relatório da Bitso oferece um panorama detalhado do comportamento dos usuários no México, Brasil, Argentina e Colômbia.
Bitcoin lidera carteiras de criptomoedas na região e supera amplamente XRP e ETH
Apesar da volatilidade registrada no primeiro semestre, o Bitcoin recuperou força graças a fatores institucionais, como a criação de uma Reserva Estratégica nos Estados Unidos e o influxo de capital por meio de ETFs.
A análise da Bitso confirma que o Bitcoin é o ativo mais mantido em carteiras de criptomoedas na América Latina, com uma preferência regional de 54%. Brasil e Argentina se destacam com composições acima de 55%, enquanto o México mantém uma proporção estável e a Colômbia se aproxima de 50%.
Essa liderança é explicada por sua valorização e pela percepção do Bitcoin como um “ouro digital” capaz de preservar valor a longo prazo.
Em segundo lugar, o XRP experimenta um crescimento expressivo, subindo de 4% para 12% ano a ano, impulsionado em parte por seu uso em pagamentos transfronteiriços e remessas. O Ethereum, embora tenha perdido peso em comparação a 2024, ainda ocupa um lugar chave na diversificação de portfólios (11%).
O comportamento por país reflete dinâmicas econômicas e sociais específicas. No Brasil, a composição de Bitcoin em carteiras cresceu cinco pontos percentuais em um ano.
Para a Argentina, o padrão é semelhante, mas com um peso significativo das stablecoins como alternativa contra a inflação. No México, o XRP ocupa a segunda preferência, e na Colômbia, embora o Bitcoin cresça, permanece abaixo da média regional.

Stablecoins ganham relevância como refúgio digital
As stablecoins, especialmente USDC e USDT, aumentaram seu peso nas carteiras da região, representando 46% das compras de cripto em 2025 em comparação a 36% no ano anterior. Essa tendência se deve à sua estabilidade em relação às moedas locais voláteis e sua utilidade em transações cotidianas.
A Argentina lidera a adoção, com 85% das compras orientadas para dólares digitais, superando em muito o Bitcoin. Esse padrão responde à dolarização de fato que caracteriza sua economia.
Na Colômbia, o USDC ocupa o primeiro lugar nas aquisições, enquanto no Brasil há um maior equilíbrio entre Bitcoin e stablecoins. O México apresenta um comportamento misto, com USDC na dianteira, seguido por Bitcoin e XRP.
O crescimento das stablecoins não responde apenas à necessidade de cobertura contra a volatilidade, mas também a maior aceitação por empresas, plataformas de pagamento e serviços financeiros digitais.

Os números compartilhados no estudo confirmam que o mercado de Bitcoin na América Latina está se movendo em direção a uma adoção mais estratégica, onde a posse de ativos como BTC coexiste com o uso funcional de stablecoins. Essa combinação permite que os usuários protejam valor enquanto operam na economia digital de forma mais eficiente.
Nesse sentido, a consolidação de Bitcoin e stablecoins nas carteiras latino-americanas sugere que a região não apenas adota a tecnologia, mas a integra em sua estrutura econômica, preparando-se para um futuro cada vez mais digital e conectado.
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