Uma empresa tenta reverter o bloqueio de R$ 450 mil após supostamente ter enviado Bitcoin por engano a outra conta. A justiça entendeu que o usuário não deveria ser responsabilizado pelo envio da criptomoeda para terceiros. Sendo assim, foi bloqueado o dinheiro em conta da plataforma de investimentos em Bitcoin.
O processo mostra que a relação entre a ré o proponente da ação teve início mediante a compra de Bitcoin. O fato narrado pelo cliente mostra que a compra da criptomoeda aconteceu no dia 05 de fevereiro de 2018. Desde então, o investidor espera para receber o dinheiro investido no negócio.
SponsoredEmpresa de Bitcoin teve R$ 450 mil bloqueados
Com R$ 450 mil bloqueados em contas em nome da OneCoin Cash Intermediação, a justiça garantiu o pagamento da ação pela medida de arresto. Mesmo que o cliente ainda não tenha sido pago de fato, o dinheiro está bloqueado como forma de saldar a dívida futuramente.
O arresto de bens aconteceu em nome da NewCoin, no entanto, o negócio decidiu recorrer na justiça para reverter a situação. Em um agravo de instrumento a plataforma solicitou a justiça o desbloqueio do dinheiro.
No total, R$ 450 mil estão bloqueados em nome da NewCoin em contas que pertencem ao negócio. Este valor corresponde a 14.37 unidades de Bitcoin (BTC) segundo a cotação atual.
Bitcoin enviado por engano não é culpa de cliente
O investidor que move o processo contra a NewCoin cita que a compra de Bitcoin aconteceu mediante um intermediário. Mas, depois de ter enviado o dinheiro para a plataforma o cliente alega não ter recebido a criptomoeda.
SponsoredOs autos do processo mostram que o Bitcoin foi enviado para outra conta que não era do homem que investiu R$ 450 mil na empresa. Ou seja, o cliente pagou pelas criptomoedas que foram entregues para outra pessoa.
“Mesmo após o crédito do depósito, o objeto da aquisição não foi entregue, sendo supostamente creditado em conta de terceiro não autorizado por equívoco da demandada/agravante.”
Defesa tenta provar que enviou criptomoedas para intermediário
Para tentar o desbloqueio do dinheiro, a NewCoin apresentou sua defesa diante dos fatos. Para a plataforma, as criptomoedas foram enviadas para o endereço de destino do mandatário do cliente que move a ação.
“O agravado por meio de seu parceiro e mandatário, Sr. Cláudio, realizou junto a agravante a compra de 18,5 Bitcoin, para fins de comercialização, destacando que o citado intermediário seria pessoa da mais estrita confiança do agravado.”
A companhia atesta que foram enviados 18,5 Bitcoin para alguém chamado “Cláudio”. Os autos do processo citam ainda que este seria o “parceiro e mandatário” do investidor que pediu o bloqueio de bens na justiça.
O intermediário “Cláudio” forneceu a suposta “carteira” digital onde o Bitcoin deveria ser enviado. Contudo, a plataforma que pede o desbloqueio de bens diz que as criptomoedas já foram enviadas. No agravo de instrumento apresento ficou determinado que os R$ 450 mil continuarão bloqueados.
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