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Bitcoin dispara com queda da inflação nos EUA: preço seguirá acima de US$ 66.000?

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Traduzido Anderson Mendes

Os dados de preços ao consumidor dos EUA foram divulgados na quarta-feira (15). O núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI), que mede a inflação do país, aumentou menos do que o esperado em abril.

Esse número sugere uma possível tendência de queda na inflação, aumentando as esperanças de um futuro corte na taxa de juros do Federal Reserve.

Mercado cripto se recupera com a desaceleração da inflação nos EUA

No entanto, as autoridades do Fed precisam de mais dados antes de considerar cortes nas taxas. Na terça-feira (14), o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central “precisará ser paciente e deixar que a política restritiva faça seu trabalho”. Além disso, alguns formuladores de políticas não veem a possibilidade de cortes nas taxas este ano.

Variação percentual do IPC dos EUA (abril de 2023 - abril de 2024).
Variação percentual do IPC dos EUA (abril de 2023 – abril de 2024). Fonte: Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA

Apesar disso, as notícias sobre inflação aumentaram o otimismo nos mercados financeiros, incluindo o de criptomoedas. O Bitcoin (BTC) saltou de US$ 62.000 para US$ 66.000, um aumento de aproximadamente 7% em 24 horas.

As principais altcoins também registraram ganhos significativos, com Ethereum (ETH) e Solana (SOL) subindo 4,4% e 12,3%, respectivamente. Consequentemente, a capitalização total do mercado de criptomoedas aumentou 6,7%, atingindo US$ 2,5 trilhões, de acordo com dados do CoinGecko.

Especialistas apontam outros fatores que influenciam a recuperação

Os analistas acreditam que outros fatores, além da redução da inflação nos EUA, também influenciaram a recente alta do Bitcoin. Os analistas da CryptoQuant consideram que a “menor pressão de venda” contribuiu para a situação.

Preço realizado e margem de lucro/perda do detentor de curto prazo de Bitcoin.
Preço realizado e margem de lucro/perda do detentor de curto prazo de Bitcoin. Fonte: CryptoQuant

“A menor pressão de venda [é] evidente nos detentores de Bitcoin de curto prazo vendendo com lucro basicamente zero e traders que apostam na queda (short) de seus lucros não realizados nos últimos meses. [Além disso, os saldos de Bitcoin nas mesas de balcão estão se estabilizando, o que sugere que há menos oferta entrando no mercado para vender por meio dessas entidades”, disseram os analistas ao BeInCrypto.

No entanto, o crescimento da demanda precisa se acelerar para que a alta seja sustentável. Embora haja sinais de aumento da demanda de detentores de longo prazo e grandes investidores, ela precisa acelerar o ritmo. Além disso, os analistas da CryptoQuant observaram que as compras de fundos negociados em bolsa (ETF) de Bitcoin à vista permaneceram mínimas, e o crescimento da liquidez de stablecoin ainda não melhorou.

Além disso, o preço do BTC continua subvalorizado do ponto de vista da lucratividade dos mineradores. Após o evento de halving do Bitcoin no final de abril de 2024, as recompensas dos mineradores foram reduzidas à metade, colocando pressão financeira sobre eles.

Historicamente, a lucratividade extremamente baixa dos mineradores costuma estar associada a quedas de preço, o que sugere um potencial de crescimento futuro.

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Por fim, os analistas e especialistas do setor, em geral, permanecem otimistas em relação à trajetória de longo prazo do Bitcoin. À medida que o mercado cripto continua a evoluir, as condições macroeconômicas, os desenvolvimentos regulatórios e os fatores políticos desempenharão papéis cruciais na formação da tendência futura da criptomoeda.

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Anderson Mendes
Membro ativo da comunidade de criptoativos e economia em geral, Anderson é formado pela Universidade Positivo, e escreve sobre as principais notícias do mercado. Antes de entrar para a equipe brasileira do BeInCrypto, Anderson liderou projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto no sul do Brasil.
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