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“Uptober” começa turbulento e US$ 500 milhões são liquidados

2 Min.
Atualizado por Anderson Mendes

Resumo

  • Mercado de cripto perdeu US$ 523 milhões em liquidações durante tensões entre Israel e Irã, e Bitcoin caiu acentuadamente abaixo de US$ 60.200.
  • Posições longas de US$ 451 milhões são liquidadas; ETFs de Bitcoin no mercado americano registram saída de US$ 242 milhões, exceto o IBIT da BlackRock.
  • Índice de medo das cripto cai para 42, refletindo a ansiedade dos investidores, mas alguns especialistas permanecem otimistas sobre o Bitcoin.
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Outubro tem sido um mês de alta para o mercado cripto, frequentemente celebrado como “Uptober”. No entanto, este ano, outubro começou com considerável turbulência à medida que as tensões geopolíticas entre Israel e Irã se intensificam.

Assim, esse conflito teve um impacto abrangente nos mercados globais, com as criptomoedas sofrendo uma parte significativa das consequências.

Bitcoin despenca devido a liquidações cripto

Nesta terça-feira (1), o Irã lançou um grande ataque de mísseis contra Israel. Esse foi o segundo ataque deste ano, seguindo um incidente similar em abril. A situação levou a um severo aviso do Primeiro Ministro israelense Benjamin Netanyahu, que prometeu “consequências” em retaliação.

Assim, esses eventos mergulharam os mercados globais em um estado de incerteza elevada, afetando significativamente as criptomoedas.

À medida que as tensões aumentam, o mercado cripto sofre repercussões imediatas. O valor do Bitcoin despencou para pouco abaixo de US$ 60.200, marcando uma queda acentuada de 6% em relação ao seu pico anterior de cerca de US$ 64 mil. Consequentemente, o mercado testemunhou liquidações extensivas, com a Coinglass relatando que as liquidações nas últimas 24 horas somaram impressionantes US$ 523,37 milhões.

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Liquidações no Mercado de Cripto
Liquidações no Mercado de Cripto. Fonte: Coinglass

As posições compradas foram predominantemente afetadas, com US$ 451 milhões liquidados, enquanto as posições vendidas viram mais de US$ 71 milhões serem apagados. Essa volatilidade do mercado resultou na liquidação de 154.011 traders, com a maior ordem única avaliada em US$ 12,66 milhões ocorrendo na Binance no par BTCUSDT.

Além disso, os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA registraram saídas substanciais. Dados da SoSoValue indicaram que no dia 1º de outubro houve saídas agregadas de US$ 242,53 milhões. Marcando, portanto, a maior saída em quase um mês e a terceira maior em cinco meses.

O Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC) também viu sua maior saída, perdendo US$ 144,67 milhões, seguido por retiradas substanciais do ARK 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) e outros fundos. Por outro lado, o iShares Bitcoin Trust da BlackRock (IBIT) contrariou a tendência, registrando uma entrada de US$ 40,84 milhões, continuando sua sequência de 15 dias sem saídas.

Efeito cascata

Os eventos de mercado também influenciaram o sentimento dos investidores. O índice de medo e ganância de cripto agora regrediu para a categoria “medo”, caindo para um nível de 42 de uma pontuação neutra de 50 no dia anterior. Essa mudança destaca a sensibilidade do mercado a disrupções geopolíticas externas e sua potente capacidade de influenciar o comportamento dos investidores.

Leia mais: O que é o Índice de Medo e Ganância de Cripto?

Índice de Medo e Ganância de Cripto
Índice de Medo e Ganância de Cripto. Fonte: Alternative.me

Apesar da atual desaceleração, alguns especialistas de mercado mantêm uma perspectiva positiva sobre as perspectivas do Bitcoin. André Dragosch, chefe europeu de pesquisa na Bitwise, sugere que o Bitcoin tende a se recuperar bem após grandes riscos geopolíticos.

“As notícias geopolíticas geralmente devem ser ignoradas”, disse Dragosch disse.

Ecoando esse sentimento, um recente relatório da BlackRock posiciona o Bitcoin como um refúgio seguro viável durante crises globais. O relatório elogia as características descentralizadas e não soberanas do Bitcoin, que o protegem de choques geopolíticos e incertezas econômicas que frequentemente afetam ativos tradicionais.

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Thiago Barboza
Thiago Barboza é graduado em Comunicação com ênfase em escritas criativas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Em 2019 conheceu as criptomoedas e blockchain, mas foi em 2020 que decidiu imergir nesse universo e utilizar seu conhecimento acadêmico para ajudar a difundir e conscientizar sobre a importância desta tecnologia disruptiva.
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