Ver mais

Binance perde na justiça e terá que devolver BTC roubado de cliente brasileiro

2 mins
Por Eduardo Venegas
Traduzido Anderson Mendes

EM RESUMO

  • A justiça do estado de São Paulo obrigou a Binance e a B Fintech a devolver pouco mais de US$ 1.000 a um usuário afetado em janeiro do ano passado.
  • A Binance ignorou os apelos dos juízes locais, até que a Justiça da cidade a obrigou a restituir o prejuízo.
  • Para a justiça brasileira, a Binance é responsável por ter "hospedado" os ativos da parte afetada, além de ser a proprietária dos dados do usuário.
  • promo

A 9ª Vara Cível do Fórum Regional de Santo Amaro, São Paulo, obrigou a Binance e sua parceira local, a B Fintech, a reembolsar o BTC “roubado” de um usuário da exchange imediatamente.

A justiça brasileira ordenou à Binance a devolver o BTC a um usuário que foi roubado em janeiro do ano passado com uma fraude. Na ocasião, juízes locais convidaram a Binance e a B Fintech a reembolsar os danos, mas sem resposta, um tribunal de São Paulo voltou atrás e obrigou a exchange a devolver os fundos.

Leia mais: 4 criptomoedas que podem atingir novas máximas em abril

Justiça brasileira acusa a Binance de ter adiado a devolução

As empresas tiveram que devolver US$ 1.000, ou 0,03265900 BTC. No entanto, a Binance alegou “ilegitimidade” e invalidade da intimação. A exchange ainda afirmou que a B Fintech não é subsidiária no Brasil ou sua representante legal, ao que os juízes responderam que é “notório” que a Binance promova suas operações no país por meio da empresa.

A Binance alegou anteriormente que a fraude foi perpetrada no computador da parte afetada e que “não poderia ser responsabilizada” pela falta de prudência do usuário, Irapuan Paulino Leite. A exchange argumentou que os pressupostos da responsabilidade civil “não estão atendidos”, e inicialmente contestou o dano moral pleiteado. O tribunal respondeu da seguinte forma:

“Binance e B Fintech pertencem ao mesmo grupo econômico. É fato notório que a primeira ré realiza suas operações no Brasil por meio da segunda. Portanto, torna-se parte legítima para integrar a relação jurídico-processual, com fundamento no fato da prestação de serviços, uma vez constituída para o desenvolvimento de suas atividades empresariais no país.”

Binance perde na justiça e terá que devolver BTC roubado de cliente brasileiro
Fonte: Statista

Para a justiça brasileira, a Binance é responsável por ter “hospedado” os ativos da parte afetada e é a proprietária dos dados do usuário que teriam sido rastreados e usados na fraude. Além disso, o juiz exigiu certo grau de “sensibilidade” e abandono de posições tradicionais para entender o caso.

Além do exposto, a exchange teria se recusado a fornecer os documentos necessários para apoiar sua defesa.

Ações judiciais se tornam rotina

A Binance sofreu todos os tipos de acusações nos últimos meses ao redor do mundo. Como exemplo, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA Commission (SEC) acusou a empresa de “inflar” seus números de negociação e listar valores mobiliários não registrados.

Recentemente, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou que avaliou sanções contra a Binance por fraude, incluindo multas e acordos diferidos ou de não acusação.

O DoJ teme criar um escândalo com as denúncias ou transferências em massa de seus usuários e criar um caos semelhante ao que aconteceu com a FTX. No entanto persiste o dilema de que as empresas de criptomoeda tiram proveito de “áreas cinzentas” que lhes permitem fornecer o mínimo de proteção aos usuários.

  • Não entendeu algum termo do universo Web3? Confira no nosso Glossário!
  • Quer se manter atualizado em tudo o que é relevante no mundo cripto? O BeInCrypto tem uma comunidade no Telegram em que você pode ler em primeira mão as notícias relevantes e conversar com outros entusiastas em criptomoedasConfira!
  • Você também pode se juntar a nossas comunidades no Twitter (X)Instagram e Facebook.
Melhores plataformas de criptomoedas | Abril de 2024

Trusted

Isenção de responsabilidade

Todas as informações contidas em nosso site são publicadas de boa fé e apenas para fins de informação geral. Qualquer ação que o leitor tome com base nas informações contidas em nosso site é por sua própria conta e risco.

4d198a1c7664cbf9005dfd7c70702e03.png
Anderson Mendes
Formado em Administração de Empresas pela Universidade Positivo, Anderson atua como redator para o BeInCrypto há 2 anos. Escreve sobre as principais notícias do mercado de criptomoedas e economia em geral. Antes de entrar para a equipe brasileira do site, participou de projetos relacionados à trading, produção de notícias e conteúdos educacionais relacionados ao mundo cripto em sua cidade natal, Curitiba.
READ FULL BIO
Patrocinados
Patrocinados